quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Projeto: A.F.A - “ATENDIMENTO FRATERNO AOS ANIMAIS”


“Os animais como instrumento de divulgação e prática do espiritismo nas famílias”

Grupo Irmãos Animais – Marcel Benedeti    

No socorro aos animais doentes, usar os recursos terapêuticos possíveis, sem desprezar mesmo aqueles de natureza mediúnica que aplique a seu próprio favor.”- Conduta Espírita – André Luiz - Waldo Vieira.
"Tivemos experiência com uma cachorrinha pequinês desenganada pelo veterinário. Com os passes recebidos durante a noite. Amanheceu restabelecida. O veterinário assustou-se com seu estranho poder de recuperação". Mediunidade - José Herculano Pires - Capítulo XI – Mediunidade Zoológica.

“Deus deu ao homem, sobre todos os seres vivos, um poder que deve usar para o bem, mas do qual não deve abusar.”- Livro dos Espíritos; questão 693-a.


INTRODUÇÃO
   
Esse texto é parte de um projeto que visa propiciar aos animais o auxilio espiritual através de vibrações, passes, água fluidificada e o evangelho no lar. Mas mais que isso, traz um conceito novo de parceria com os animais em que estes se tornam, trabalhadores do espiritismo, quando por suas necessidades aproximam a família do estudo e prática do mesmo.
Nos presentes dias cada vez mais as famílias tem se formado por laços de afeição e não mais unicamente por laços de “sangue” ou “genética”, assim nesse contexto os animais de estimação tem se tornado membros importantes dessa nova “família multiespecie”. Vemos que os animais de estimação são considerados membros importantes dessa nova célula familiar, e que não são medidos esforços para que eles se tornem felizes e saudáveis. Vemos reflexo desse quadro no aumento e especialização dos tratamentos médicos e de estética que são propiciados a eles, e também no aumento do interesse sobre seu bem estar, o que leva a muitos tutores a buscar o “Centro Espirita” em uma ocasião de necessidade que envolve esse amigo animal.
Negar a ajuda a esse, só por ele pertencer a uma outra espécie, é no mínimo falta de caridade e logica, já que na maioria das vezes ele, o animal, é como todos nós um instrumento da espiritualidade. Como trabalhador do bem, aquele animal, é o catalisador do ingresso e da pratica do espiritismo em muitas famílias. Levando seus tutores a frequentar um “Centro Espirita” com assiduidade e seriedade, aprofundar seus estudos no tema e fazer o “Evangelho no lar” equilibrando toda a atmosfera familiar.
Deste modo auxiliando os animais através do “tratamento espiritual” estaremos auxiliando não só aquele ser indefeso, estaremos auxiliando a espiritualidade, toda a família e a divulgação do espiritismo.
Com o intuito de auxiliar a implantação do “tratamento espiritual” aos animais dividimos o processo em fases que tornam a assimilação do projeto de forma simples e gradativa. Não são precisas modificações estruturais ou grandes preparos para a implantação de qualquer uma das fases e cada centro pode se utilizar  diretamente de cada etapa, ou mais de uma, sem necessariamente passar pelas anteriores.

Fase 1 – Tratamento a Distânhttp://www.marcelbenedeti.com/Trabalho_Espiritual_para_Animais.htmlcia

            Criação de um grupo de estudo sobre a “Espiritualidade dos Animais” com reunião semanal ou quinzenal com o intuito de aprofundar o conhecimento nessa área. Ao final da reunião fazer uma vibração por todos os animais e por aqueles que forem solicitados.
            Propiciar um e-mail, caderno ou outra maneira de se recolher o nome dos animais que necessitam de auxilio para que seja feita sua leitura no final do estudo e vibração por sua melhora.
            Quanto mais completas as informações melhor. Torna-se muito benéfico que o tutor em sua casa participe através do “evangelho no lar” no mesmo horário, também se utilizando de água para a fluidificação para que todos da família, inclusive o animal necessitado, possam beber.
            Observem que essa fase é de simples implantação não sendo necessário mais de três pessoas para formar um grupo de estudo (indicações de livros no apêndice) e propiciando ao tutor e família a frequência do evangelho no lar com o estudo do espiritismo e melhora das vibrações familiares.

Fase 2 – Palestra e Passe Coletivo
            Com um pouco de conhecimento de “Espiritualidade dos Animais” e ou de “Cuidados com os Animais” já é possível se fazer uma palestra sobre temas importantes como (sugeridos em nosso apêndice) posse responsável, castração, vacinação, alma dos animais, reencarnação dos animais, animais no mundo espiritual e outros temas importantes sobre o assunto.
            O ideal é que se possa utilizar um salão com algumas cadeiras para receber os tutores e seus animais. Começando por uma oração seguida de palestra com fins educativos de aproximadamente 30 minutos, terminando com o passe coletivo e vibrações pelos animais necessitados que não estão presentes.
            Esse procedimento pode ser feito conforme a disponibilidade de espaço e trabalhadores. Podendo ser feito uma vez ao mês, cada quinze dias ou toda a semana. Utilizando-se no mínimo três trabalhadores e no máximo duas horas por trabalho, contando a preparação do ambiente e todo o procedimento de organização e limpeza.
Ainda sugerimos que os médiuns sejam vegetarianos, veganos ou pelo menos evitem comer carne por três dias antes do trabalho e que não se aborde temas “controversos”, de baixa vibração ou que se tenham dúvidas e no caso dessas questões nos dispomos ao auxilio e acompanhamento.
Essa fase pode parecer complexa mas não é, e convidamos a todos a acompanharem nosso trabalho para que observem que a situação é tranquila e sem percalços, bastando boa vontade e organização.
Fase 3 – Palestra e Passe Individual
Essa fase é parecida com a anterior, necessitando de um salão e cadeiras para a recepção dos tutores e seus animais. Seguimos a mesma sequência, oração inicial e palestra substituindo o passe coletivo pelo “Passe Espirita” individual.
Chamamos a atenção para que se faça um preparo dos médiuns passistas para que se utilize SEMPRE o passe espirita, e NUNCA o passe magnético, evitando problemas e complicações. Não precisamos citar o caso do “Sr.T.... na Revista Espirita para justificar nossa preocupação.
Indicamos que se faça o passe individual em sala separada e que os médiuns sejam vegetarianos ou veganos para que a ação se torne mais coerente. Mas não é impossível que se faça no mesmo salão da palestra em área mais restrita e separada.
O trabalho demora um pouco mais dependendo da quantidade de atendidos, mas muito dificilmente passará de três horas de uso do centro.
Com o conhecimento aprofundado da “Espiritualidade dos Animais” se torna possível se implementar outras ações como cursos, palestras e eventos sobre o tema.

CONCLUSÃO
O “Tratamento Espiritual aos Animais“ traz inúmeros benefícios com poucas modificações ou adaptações ao centro espirita e seus trabalhadores. Pode ser feito com o uso de uma a três horas da estrutura do centro, uma vez por mês, cada quinze dias ou toda a semana.
Resumidamente os benefícios são:
·         Auxilio aos animais necessitados através de energias benéficas.
·         Auxilio aos tutores que vem ao centro buscar auxilio a seus animais e acabam beneficiados juntamente.
·         Auxilio à família e ao ambiente domestico através do “Evangelho no Lar”.
·         Divulgação do espiritismo.
·         Divulgação do “Centro Espirita” e maior frequência e assiduidade.
·         Auxilio ao plano espiritual e seus trabalhadores.
Vemos que não há motivos para se negar o auxilio a nossos irmãos menores no “Centro Espirita”, e mais que isso, existem muitos motivos para que isso seja feito, sendo o principal a “CARIDADE”.

Ficamos a disposição para qualquer esclarecimento e auxilio. Convidamos a todos que tiverem interesse a visitarem nosso trabalho e acompanharem nossa rotina.
Agradecemos a atenção e pedimos que pensem com carinho no auxilio a nossos irmãos animais !
Apêndice: http://www.marcelbenedeti.com/Trabalho_Espiritual_para_Animais.html

Grupo “Irmãos Animais” - Marcel Benedeti

Um grupo que entende que: “Somos todos espíritos, apenas em estágios evolutivos diferentes”.
Atendimento fraterno aos animais segundas às 20:00h no Centro Espírita Auta de Souza, rua Força Publica 268.

Face Book: https://www.facebook.com/groups/479507492149961/
Você também pode enviar o nome de seu animal para o tratamento a distancia, sugestões e duvidas pelo e-mail: marcelbenedeti@terra.com.br

Convidamos a todos a ouvirem todas as sextas às 16:30h o programa “NOSSOS IRMÃOS ANIMAIS” ou “Off-line” no sitehttp://www.radioboanova.com.br/site/programa/nossos-irmaos-animais 
na radio Boa Nova: 1450 AM ou na internet no site da radio:
http://www.radioboanova.com.br/
Convidamos a assistirem nosso programa “Irmãos Animais” na TV Web Luz:

http://www.tvwebluz.com.br/site/programas.php

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Caridade

Caridade é um sentimento ou uma ação altruísta de ajuda a alguém sem busca de qualquer recompensa. A prática da caridade é notável indicador de elevação moral e uma das práticas que mais caracterizam a essência boa do ser humano, sendo, em alguns casos, chamada de ajuda humanitária. Termos afins: amor ao próximo; bondade; benevolência; indulgênciaperdãocompaixão.
Doutrina Espírita entende a caridade como um dever moral de todo homem e que não se resume apenas ao auxílio material. No Livro dos Espíritos, item 886, Allan Kardec pergunta aos espíritos superiores:
"886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?
Benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições dos outros, perdão das ofensas." 
A caridade, portanto, reflete o princípio cristão fundamental de amor mútuo entre todos, independentemente da situação em que se encontrem, tendo aplicação no âmbito moral e material.
No livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, que faz um estudo dos ensinos de Jesus, a comunicação do espírito identificado como Paulo, o apóstolo, dá um bom panorama de como a caridade deve ser encarada:
"Meus filhos, na máxima: Fora da caridade não há salvação, estão encerrados os destinos dos homens, na Terra e no céu; na Terra, porque à sombra desse estandarte eles viverão em paz; no céu, porque os que a houverem praticado acharão graças diante do Senhor. Essa divisa é o facho celeste, a luminosa coluna que guia o homem no deserto da vida, encaminhando-o para a Terra da Promissão. Ela brilha no céu, como auréola santa, na fronte dos eleitos, e, na Terra, se acha gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: Passai à direita, benditos de meu Pai. Reconhecê-los-eis pelo perfume de caridade que espalham em torno de si. Nada exprime com mais exatidão o pensamento de Jesus, nada resume tão bem os deveres do homem, como essa máxima de ordem divina. Não poderia o Espiritismo provar melhor a sua origem, do que apresentando-a como regra, por isso que é um reflexo do mais puro Cristianismo. Levando-a por guia, nunca o homem se transviará. Dedicai-vos, assim, meus amigos, a perscrutar-lhe o sentido profundo e as conseqüências, a descobrir-lhe, por vós mesmos, todas as aplicações. Submetei todas as vossas ações ao governo da caridade e a consciência vos responderá. Não só ela evitará que pratiqueis o mal, como também fará que pratiqueis o bem, porquanto uma virtude negativa não basta: é necessária uma virtude ativa. Para fazer-se o bem, mister sempre se torna a ação da vontade; para se não praticar o mal, basta as mais das vezes a inércia e a despreocupação.
Meus amigos, agradecei a Deus o haver permitido que pudésseis gozar a luz do Espiritismo. Não é que somente os que a possuem hajam de ser salvos; é que, ajudando-vos a compreender os ensinos do Cristo, ela vos faz melhores cristãos. Esforçai-vos, pois, para que os vossos irmãos, observando-vos, sejam induzidos a reconhecer que verdadeiro espírita e verdadeiro cristão são uma só e a mesma coisa, dado que todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, sem embargo da seita a que pertençam. – Paulo, o apóstolo. (Paris, 1860.)" 
Espiritismo tenta, pela demonstração ao homem de sua condição de espírito imortal, impulsioná-lo à doação de si próprio ao bem daqueles que dele podem obter auxílio. Quando o homem enxerga a vida como algo que se definha, efêmera, ao passar do tempo, o seu instinto natural de conservação lhe impulsiona aoegoísmo. De modo contrário, para o que vislumbra a imortalidade, o tempo deixa de ser algo a temer e o foco da vida passa a ser o presente. A caridade, neste caso, é como um mero trabalho que um trabalhador executa, sabendo que é necessário ao fim pretendido pelo seu senhor, que lhe dará o seu salário. Para este, considera Allan Kardec:
"A importância da vida presente, tão triste, tão curta, tão efêmera, se apaga, para ele, ante o esplendor do futuro infinito que se lhe desdobra às vistas. A conseqüência natural e lógica dessa certeza é sacrificar o homem um presente fugidio a um porvir duradouro, ao passo que antes ele tudo sacrificava ao presente."
O diferencial proposto pelo Espiritismo é conceber a caridade como um dever natural decorrente da própria natureza e da ordem das coisas ao invés de mais um ensino moral. Entendendo o espírito que já passou e passará pelas mais diversas situações em diferentes encarnações no caminho da evolução, qualquer prejuízo que gere a outrem será um prejuízo causado contra si; de forma contrária, qualquer auxílio prestado a outrem será também um auxílio prestado a si. Todos estes exemplos mostram que a caridade forma um ciclo virtuoso de progresso geral e traz para o campo científico-filosófico o que era apenas matéria religiosa.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

FÉ, PAZ E AMOR




Emmanuel 



Leitor amigo 
- "Que poderemos fazer individualmente para auxiliar ao nosso mundo, 
atualmente em crise quase que por toda parte?”. 
Este é o resumo de várias indagações de amigos ainda vinculados à vida 
física, ansiando colaborar no alívio às tensões que, presentemente, assinalam 
o cotidiano da Terra. 

Não dispomos de autoridade para indicar essa ou aquela medida, 
tendentes a elevar o nível de progresso e espiritualização da coletividade 
terrestre, entretanto, não ignoramos que o trabalho é a base de todas as 
realizações do engrandecimento humano. E sobre semelhante alicerce, 
conhecemos a força da cooperação individual em três caminhos que se 
entrelaçam e se confundem no mesmo contexto de ação, na conquista da 
felicidade real para todas as criaturas. 
Essas três estradas, acessíveis a cada um dos seres humanos, são as 
seguintes: a fé, a paz e o amor. 
Fé: - Somos todos compelidos a reconhecer que nos achamos, 
encarnados e desencarnados, num mundo que não construímos e que funciona 
sob as leis exatas, suscetíveis de serem analisadas com o nosso próprio 
raciocínio. Nessa observação, indentificamo-nos no lugar certo para 
desenvolver a nossa mente, confiando em Deus, o Criador da Natureza e da 
Vida e confiando em nós mesmos. 
Paz: - A paz começará de nós próprios, a fim de irradiar-se na direção de 
quantos nos cerquem ou convivam conosco, somando-se à paz que os outros 
exteriorizem, de modo a que a vida, onde estivermos, possa atingir os 
domínios da Harmonia que, de futuro, nos regerá os destinos. 
Amor: - Todos os ensinamentos filosóficos estão sintetizados nesta 
afirmação de Jesus: - "Amai-vos uns aos outros como vos amei". 
Amor-compreensão que não espera ser amado por todos os que ainda 
não nos podem compreender. Amor-renúncia, de modo a sermos 
colaboradores da felicidade alheia; amor que abrace todas as faixas da 
Natureza, estendendo-se a todos os seres em evolução, do verme aos astros, 
a fim de nos integrarmos na Essência de Deus, o Autor do Universo. 
Note, o amigo leitor, que a verdade fala por si mesma. 
Ergamos a moradia espiritual sobre os alicerces do trabalho, de 
conformidade com os nossos deveres, e, aprendendo e progredindo, 
começaremos a nossa edificação sobre os pilares da fé, da paz e do amor; e, 
com enorme ganho de tempo, alcançaremos as luzes da Vida Maior. 

Emmanuel 
Uberaba, 8 de Janeiro de 1989.
Trecho do livro Fé, paz e Amor Francisco Cândido Xavier - Emmanuel

terça-feira, 3 de junho de 2014

Psicografia

Os eventos estão se aproximando...

Amigos,

Sejamos prudentes com os dias que se aproximam, com os eventos que marcarão essa parte do Planeta.

Serão grandes as oportunidades para distúrbios e conflitos, aglomerações de pessoas sempre possibilitam ocorrências indesejáveis, ainda mais quando nesses grupos há os espíritos que ainda se encontram em condições grandes de imperfeição.

Tenham cuidado com os tumultos, evitem locais com ambientes perturbadores, por mais que a aparência seja de festa, comunhão e de alegria, nem sempre o que vemos por fora é o que significa por dentro.

Confraternizem-se sim, mas dê preferência aos ambientes familiares e mantenham o pensamento no bem. Os dias podem ser conturbados meus irmãos, fiquem atentos, controlem-se para que não haja lamentação posterior.

Que DEUS ampare a todos.
Fiquem em paz.

Um amigo

**************

Mensagem psicografada pelo Grupo de Estudos de Psicografia da Francisco de Assis Associação Espírita
 — comRosa de Saron e outras 3 pessoas.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Consolador Prometido


            3 – Se me amais, guardai os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro consolador, para que fique eternamente convosco, o Espírito da Verdade, a quem o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece. Mas vós o conhecereis, porque ele ficará convosco e estará em vós. – Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito. (João, XIV: 15 a 17 e 26)

            4 – Jesus promete outro consolador: é o Espírito da Verdade, que o mundo ainda não conhece, pois que não está suficientemente maduro para compreendê-lo, e que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e para fazer lembrar o que Cristo disse. Se, pois, o Espírito da Verdade deve vir mais tarde, ensinar todas as coisas, é que o Cristo não pode dizer tudo. Se ele vem fazer lembrar o que o Cristo disse, é que o seu ensino foi esquecido ou mal compreendido.
            O Espiritismo vem, no tempo assinalado, cumprir a promessa do Cristo: o Espírito da Verdade preside ao seu estabelecimento. Ele chama os homens à observância da lei; ensina todas as coisas, fazendo compreender o que o Cristo só disse em parábolas. O Cristo disse: “que ouçam os que têm ouvidos para ouvir”. O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porque ele fala sem figuras e alegorias. Levanta o véu propositalmente lançado sobre certos mistérios, e vem, por fim, trazer uma suprema consolação aos deserdados da Terra e a todos os que sofrem, ao dar uma causa justa e um objetivo útil a todas as dores.
            Disse o Cristo: “Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados”. Mas como se pode ser feliz por sofrer, se não se sabe por que se sofre?
            O Espiritismo revela que a causa está nas existências anteriores e na própria destinação da Terra, onde o homem expia o seu passado. Revela também o objetivo, mostrando que os sofrimentos são como crises salutares que levam à cura, são a purificação que assegura a felicidade nas existências futuras. O homem compreende que mereceu sofrer, e acha justo o sofrimento. Sabe que esse sofrimento auxilia o seu adiantamento, e o aceita sem queixas, como o trabalhador aceita o serviço que lhe assegura o salário. O Espiritismo lhe dá uma fé inabalável no futuro, e a dúvida pungente não tem mais lugar na sua alma. Fazendo-o ver as coisas do alto, a importância das vicissitudes terrenas se perde no vasto e esplêndido horizonte que ele abarca, e a perspectiva da felicidade que o espera lhe dá a paciência, a resignação e a coragem, para ir até o fim do caminho.
            Assim realiza o Espiritismo o que Jesus disse do consolador prometido: conhecimento das coisas, que faz o homem saber de onde vem, para onde vai e porque está na Terra, lembrança dos verdadeiros princípios da lei de Deus, e consolação pela fé e pela esperança.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Prelúdio do retorno

330 Os Espíritos conhecem a época em que reencarnarão?
– Eles a pressentem, assim como um cego sente o fogo quando dele se aproxima. Sabem que devem retornar a um corpo como sabeis que um dia deveis morrer, mas não sabem quando isso vai acontecer. (Veja, nesta obra, a questão 166.)
330 a A reencarnação é, então, uma necessidade da vida espírita, assim como a morte é uma necessidade da vida corporal?
– Certamente. É exatamente assim.
331 Todos os Espíritos se preocupam com sua reencarnação?
– Há muitos que nem mesmo pensam nisso, nem a compreendem; isso depende de sua natureza mais ou menos avançada. Para alguns, a incerteza quanto ao futuro é uma punição.
332 O Espírito pode antecipar ou retardar o momento de sua reencarnação?
– Pode antecipá-lo, solicitando-o em suas preces. Pode também retardá-lo, recuar diante da prova, porque entre os Espíritos há também os covardes e os indiferentes, mas não o fazem impunemente. Ele sofre, como quem recua diante do remédio salutar que pode curá-lo.
333 Se um Espírito se encontrasse bastante feliz por estar numa condição mediana na espiritualidade e se não tivesse ambição de progredir, poderia prolongar esse estado indefinidamente?
– Não. Não indefinidamente. Progredir é uma necessidade que o Espírito sente, cedo ou tarde. Todos devem elevar-se, esse é o propósito da destinação dos Espíritos.
334 A união da alma com este ou aquele corpo é predestinada, ou a escolha se faz apenas no último momento?
– O Espírito é sempre designado antes. Ao escolher a prova por que deseja passar, pede para encarnar; portanto, Deus, que tudo sabe e tudo vê, sabe e vê antecipadamente que alma se unirá a qual corpo.
335 O Espírito faz a escolha do corpo em que deve encarnar, ou apenas do gênero de vida que lhe deve servir de prova?
– Pode escolher o corpo, já que as imperfeições desse corpo são para ele provas que ajudam no seu adiantamento, se vencer os obstáculos que aí encontra. Embora possa pedir, a escolha nem sempre depende dele.
335 a O Espírito poderia, no último momento, recusar o corpo escolhido por ele?
– Se recusasse, sofreria muito mais do que aquele que não tentou nenhuma prova.
336 Poderia acontecer que um corpo que tivesse de nascer não encontrasse Espírito para encarnar nele?
– Deus a isso proveria. Quando a criança deve nascer para viver, está sempre predestinada a ter uma alma; nada foi criado sem finalidade.
337 A união do Espírito com um determinado corpo pode ser imposta pela Providência Divina?
– Pode ser imposta, bem como as diferentes provas, especialmente quando o Espírito ainda não está apto a fazer uma escolha com conhecimento de causa. Como expiação, o Espírito pode ser obrigado a se unir ao corpo de uma criança que por seu nascimento e pela posição que terá no mundo poderão tornar-se para ele uma punição.
338 Se acontecesse de muitos Espíritos se apresentarem para um mesmo corpo determinado a nascer, o que ficaria decidido entre eles?
– Muitos podem pedir isso. Julga-se num caso desses quem é mais capaz de desempenhar a missão à qual a criança está destinada; mas, como já foi dito, o Espírito já está designado antes do instante que deve unir-se ao corpo.
339 O momento da encarnação é acompanhado de uma perturbação semelhante à que se experimenta ao desencarnar?
– Muito maior e principalmente mais longa. Na morte o Espírito sai da escravidão; no nascimento, entra nela.
340 O instante em que o Espírito deve encarnar é para ele solene? Realiza esse ato como uma coisa séria e importante?
– É como um navegante que embarca para uma travessia perigosa e não sabe se vai encontrar a morte nas ondas que enfrenta.
 O navegante que embarca sabe a que perigos se expõe, mas não sabe se naufragará; o mesmo acontece com o Espírito: ele conhece as provas às quais se submete, mas não sabe se fracassará. Da mesma forma que para o Espírito a morte do corpo é como um renascimento, a reencarnação é uma espécie de morte, ou melhor, de exílio, de clausura. Ele deixa o mundo dos Espíritos pelo mundo corporal, assim como o homem deixa o mundo corporal pelo mundo dos Espíritos. O Espírito sabe que vai reencarnar, do mesmo modo que o homem sabe que vai morrer. Mas, exatamente como o homem só tem consciência da morte no momento extremo, também o Espírito só tem consciência da reencarnação no momento determinado; então, nesse momento supremo, a perturbação se apossa dele e persiste, até que a nova existência esteja totalmente formada. Os momentos que antecedem à reencarnação são uma espécie de agonia para o Espírito.
341 A incerteza em que se encontra o Espírito sobre a eventualidade do sucesso das provas que vai suportar na vida é motivo de ansiedade antes de sua encarnação?
– Uma ansiedade muito grande, uma vez que as provas dessa existência retardarão ou adiantarão seu progresso, de acordo com o que tiver suportado bem ou mal.
342 No momento de sua reencarnação, o Espírito está acompanhado por outros Espíritos, seus amigos, que vêm assistir à sua partida do mundo espírita, assim como o recebem quando para lá retorna?
– Isso depende da esfera que o Espírito habita. Se estiver onde reina a afeição, os Espíritos que o amam o acompanham até o último momento, encorajam-no, e muitas vezes até o seguem durante a vida.
343 Os Espíritos amigos que nos seguem durante a vida são alguns dos que vemos em sonho, que nos demonstram afeição e se apresentam a nós com aparências desconhecidas?
– Muito freqüentemente são os mesmos. Vêm vos visitar, assim como visitais um prisioneiro.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Ainda para refletirmos sobre o papel da Evangelização Infanto- juvenil:


Algumas perguntas feitas a Emmanuel sobre a Educação
108 – Onde a base mais elevada para os métodos de educação ?
EMMANUEL - As noções religiosas, com a exemplificação dos mais altos deveres da vida, constituem a base de toda a educação, no sagrado instituto da família.
109 - O período infantil é o mais importante para a tarefa educativa?
EMMANUEL - O período infantil é o mais sério e o mais propício à assimilação dos princípios educativos. Até aos sete anos, o Espírito ainda se encontra em fase de adaptação para a nova existência que lhe compete no mundo. Nessa idade, ainda não existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica. Suas recordações do plano espiritual são, por isso, mais vivas, tornando- se mais suscetível de renovar o caráter e estabelecer novo caminho, na consolidação dos princípios de responsabilidade, se encontrar nos pais legítimos representantes do colégio familiar.
Eis por que o lar é tão importante para a edificação do homem, e por que tão profunda é a missão da mulher perante as leis divinas. Passada a época infantil, credora de toda vigilância e carinho por parte das energias paternais, os processos de educação moral, que formam o caráter, tornam- se mais difíceis com a integração do Espírito em seu mundo orgânico material, e, atingida a maioridade, se a educação não se houver feito no lar, então,só o processo violento das provas rudes, no mundo, pode renovar o pensamento e a concepção das crianças,porquanto a alma reencarnada terá retomado todo o seu patrimônio nocivo do pretérito e reincidirá nas mesmas quedas, se lhe faltou a luz interior dos sagrados princípios educativos.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Alfredo Pedro D’Alcântara


Anuário Espírita - 1979
Era o mais velho batalhador espírita do Rio de Janeiro, atuante até onde as forças o permitiu. Desencarnou aos 92 anos de idade, no Rio de Janeiro, em 18 de setembro de 1971. O operoso confrade, nasceu em Niterói, a 3 de março de 1879.
Trabalhou na Estrada de Ferro Central do Brasil, como telegrafista, desde os 15 anos de idade. Posteriormente desempenhou o cargo de almoxarife, cargo em que veio a se aposentar em 1931, dedicando todo o restante de sua preciosa existência terrena à Causa Espírita.
Tomou conhecimento da Doutrina ainda em plena juventude, fazendo-se desde então ardoroso profitente. Conferencista notável, jornalista emérito, escritor abalizado. Consta de sua bibliografia, dois livros: “Umbanda em Julgamento” e “Um Apóstolo Espírita”, e vários opúsculos. O primeiro colocando a Umbanda no seu verdadeiro lugar, como sincretismo religioso, de conseqüências mediúnicas, sem vinculação com o Espiritismo. O segundo, um trabalho biográfico sobre o grande médico homeopata, Dr. Guilherme Taylor March. Por sua alma generosa e ao, em favor das classes menos favorecidas, ficou conhecido em Niterói pela alcunha de “Pai dos Pobres”.
Alfredo Pedro D’Alcântara primou pela defesa doutrinária, contra qualquer linha paralela à Doutrina. Era apologista da Cultura Espírita e de cursos para ilustrar os seus profitentes. Foi membro da Liga Espírita do Brasil e do Instituto de Cultura Espírita do Brasil. Esteve à frente das grandes realizações espíritas no Rio de Janeiro, foi membro fundador e diretor de várias Instituições Espíritas, acatado e querido por todos os companheiros de Doutrina.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Espíritos glóbulos

108. Às considerações precedentes acrescentaremos o exame de alguns efeitos de ótica, que deram lugar ao singular sistema dos Espíritos glóbulos.
Nem sempre é absoluta a limpidez do ar e ocasiões há em que são perfeitamente visíveis as correntes das moléculas aeriformes e a agitação em que as põe o calor. Algumas pessoas tomaram isto por aglomerações de Espíritos a se agitarem no espaço. Basta se cite esta opinião, para que ela fique desde logo refutada. Há, porém, outra espécie de ilusão não menos estranha, contra a qual bom é também se esteja precavido.
O humor aquoso do olho apresenta pontos quase imperceptíveis, que hão perdido alguma coisa da sua natural transparência. Esses pontos são como corpos opacos em suspensão no líquido, cujos movimentos eles acompanham. Produzem no ar ambiente e a distância, por efeito do aumento e da refração, a aparência de pequenos discos, cujos diâmetros variam de um a dez milímetros e que parecem nadar na atmosfera. Pessoas conhecemos que tomaram esses discos por Espíritos que as seguiam e acompanhavam a toda parte. Essas pessoas, no seu entusiasmo, tomavam como figuras os matizes da irisação, o que é quase tão racional como ver uma figura na Lua. Uma simples observação, fornecida por essas pessoas mesmo, as reconduzirá ao terreno da realidade.
Os aludidos discos ou medalhões, dizem elas, não só as acompanham, como lhes seguem todos os movimentos, vão para a direita, para a esquerda, para cima, para baixo, ou param, conforme o movimento que elas fazem com a cabeça. Isto nada tem de surpreendente. Uma vez que a sede da aparência é no globo ocular, tem ela que acompanhar todos os movimentos do olho. Se fossem Espíritos, forçoso seria convir em estarem eles adstritos a um papel por demais mecânico para seres inteligentes e livres, papel bem fastidioso, mesmo para Espíritos inferiores e, pois, com mais forte razão, incompatível com a idéia que fazemos dos Espíritos superiores.
Verdade é que alguns tomam por maus Espíritos os pontos escuros ou moscas amauróticas. Esses discos, do mesmo modo que as manchas negras, têm um movimento ondulatório, cuja amplitude não vai além da de um certo ângulo, concorrendo para a ilusão a circunstância de não acompanharem bruscamente os movimentos da linha visual. Bem simples é a razão desse fato. Os pontos opacos do humor aquoso, causa primária do fenômeno, se acham, conforme dissemos, como que em suspensão e tendem sempre a descer. Quando sobem, é que são solicitados pelo movimento dos olhos, de baixo para cima; chegados, porém, a certa altura, se o olho se torna fixo, nota-se que os discos descem por si mesmos e depois se imobilizam. Extrema é a mobilidade deles, porquanto basta um movimento imperceptível do olho para fazê-los mudar de direção e percorrer rapidamente toda a amplitude do arco, no espaço em que se produz a imagem. Enquanto não se provar que uma imagem tem movimento próprio, espontâneo e inteligente, ninguém poderá enxergar no fato de que tratamos mais do que um simples fenômeno ótico ou fisiológico.
O mesmo se dá com as centelhas que se produzem algumas vezes em feixes mais ou menos compactos, pela contração do músculo do olho, e são devidas, provavelmente, à eletricidade fosforescente da íris, pois que são geralmente adstritas à circunferência do disco desse órgão.
Tais ilusões não podem provir senão de uma observação incompleta. Quem quer que tenha estudado a natureza dos Espíritos, por todos os meios que a ciência prática faculta, compreenderá tudo o que elas têm de pueril. Do mesmo modo que combatemos as aventurosas teorias com que se atacam as manifestações, quando essas teorias assentam na ignorância dos fatos, também devemos procurar destruir as idéias falsas, que indicam mais entusiasmo do que reflexão e que, por isso mesmo, mais dano do que bem causam, com relação aos incrédulos, já de si tão dispostos a buscar o lado ridículo.
109. O perispírito, como se vê, é o princípio de todas as manifestações. O conhecimento dele foi a chave da explicação de uma imensidade de fenômenos e permitiu que a ciência espírita desse largo passo, fazendo-a enveredar por nova senda, tirando-lhe todo o cunho de maravilhosa. Dos próprios Espíritos, porquanto notai bem que foram eles que nos ensinaram o caminho, tivemos a explicação da ação do Espírito sobre a matéria, do movimento dos corpos inertes, dos ruídos e das aparições. Aí encontraremos ainda a de muitos outros fenômenos que examinaremos antes de passarmos ao estudo das comunicações propriamente ditas. Tanto melhor as compreenderemos, quanto mais conhecedores nos acharmos das causas primárias. Quem haja compreendido bem aquele princípio, facilmente, por si mesmo, o aplicará aos diversos fatos que se lhe possam oferecer à observação.
110. Longe estamos de considerar como absoluta e como sendo a última palavra a teoria que apresentamos. Novos estudos sem dúvida a completarão, ou retificarão mais tarde; entretanto, por mais incompleta ou imperfeita que seja ainda hoje, sempre pode auxiliar o estudioso a reconhecer a possibilidade dos fatos, por efeito de causas que nada têm de sobrenaturais. Se é uma hipótese, não se lhe pode contudo negar o mérito da racionalidade e da probabilidade e, como tal, vale tanto, pelo menos, quanto todas as explicações que os negadores formulam, para provar que nos fenômenos espíritas só há ilusão, fantasmagoria e subterfúgios.