segunda-feira, 30 de julho de 2012

Imperfeições Morais

Na maioria das palestras doutrinárias o conteúdo gira em torno da luta que devamos empreender no combate às nossas imperfeições morais. Muito se tem dito a respeito das imperfeições morais, mas quais são? Como identificá-las? Quais possuo? E em que grau as possuo? Difícil saber...
O ser humano é hábil em criar mecanismos de fuga. Achamos as mais variadas desculpas para diminuirmos as nossas imperfeições, no entanto não deixamos um cisco passar desapercebido em nossos semelhantes. Dois mil anos se passaram e ainda não compreendemos a mensagem sublime que Jesus nos deixou na parábola do arqueiro e da trave.
A maioria de nós faz vistas grossas ante as próprias imperfeições, mas salienta suas qualidades. Só nos damos conta de que erramos quando alguém aponta as nossas falhas, mesmo assim, variadas são as nossas reações: algumas vezes reconhecemos intimamente a veracidade das observações, mas não admitimos publicamente; noutras, não concordamos, externando com veemência a nossa opinião contrária; em atitudes mais infelizes, revoltamo-nos contra àqueles que ousaram apontar os nossos defeitos, e esses geralmente, são as pessoas mais chegadas, nossos familiares, amigos, aqueles que nos querem bem.
É comum ouvirmos que nascemos simples e ignorantes, e que um dia seremos espíritos puros. Assim, a grande tarefa que se apresenta a todos é a evolução espiritual, que vamos realizando lentamente ao longo de nossas reencarnações, englobando aí o desenvolvimento intelectual e o desenvolvimento moral.
Na ordem natural, evoluímos primeiramente o intelecto, onde desenvolvemos as potencialidades da inteligência; posteriormente evoluímos a moral, pois o conhecimento, a meditação e o exercício do raciocínio são as bases para o avanço moral. Através do desenvolvimento moral modificamos a forma como sentimos e encaramos a vida.
Na questão 785 de "O Livro dos Espíritos" Kardec pergunta: "Qual o maior obstáculo ao progresso? Ao que os espíritos respondem ser o orgulho e o egoísmo, referindo-se ao progresso moral, porque o intelectual avança sempre...".
O Instinto de Conservação e bem estar, são sentimentos naturais, mas o exagero destes sentimentos torna o homem egoísta e orgulhoso.
A principal causa do egoísmo e do orgulho nasce da falsa idéia que o homem faz de sua natureza, de seu passado e do seu futuro. Não sabendo de onde vem, se crê mais do que é. Não sabendo para onde vai, concentra toda a sua atenção na existência atual.
“ Certo dia, um casal ao chegar do trabalho, encontrou algumas pessoas dentro de sua casa. Achando que eram ladrões, ficaram assustados. Mas um homem forte e saudável com corpo de halterofilista disse:
- Calma pessoal, nós somos velhos conhecidos e estamos em toda parte do mundo.
- Mas quem são vocês? Pergunta a mulher.
- Eu sou a PREGUIÇA responde o homem másculo. Estamos aqui para que vocês escolham um de nós para sair definitivamente da vida de vocês.
- Como você pode ser a preguiça se tem um corpo de atleta que vive malhando e praticando esportes? Indagou a mulher.
- A preguiça é forte como um touro e pesa toneladas nos ombros dos preguiçosos. Com ela ninguém pode chegar a ser um vencedor.
- Uma mulher curvada, com a pele muito enrugada que mais parecia uma bruxa disse:
- Eu meus filhos, sou a LUXÚRIA.
- Não é possível! Diz o homem. Você não pode atrair ninguém com esta feiúra.
- Não há feiúra para a luxúria filhos. Sou velha porque existo há muito tempo entre os homens. Sou capaz de destruir famílias inteiras, perverter crianças e trazer doenças para todos até a morte. Sou astuta, e posso me disfarçar na mais bela mulher ou homem que você já viu.
- Um mal cheiroso homem, vestindo uns maltrapilhos de roupas que mais parecia um mendigo disse:
- Eu sou a COBIÇA. Por mim muitos já mataram. Por mim muitos já abandonaram famílias e pátria. Sou tão antigo quanto a luxúria, mas eu não dependo dela para existir. Tenho essa aparência de mendigo porque por mais bem vestido que me apresente, por mais rico que pareça, com jóias, dinheiro e carros luxuosos, ainda assim, me verás desta forma. Porque a cobiça está tanto dentro do pobre quanto do rico.
- E eu sou a GULA! Disse uma lindíssima mulher, com o corpo escultural e cintura finíssima, seus contornos eram perfeitos, e tudo no corpo dela tinha harmonia de formas e movimentos.
Assustaram-se os donos da casa, e a mulher disse:
- Sempre imaginei que a gula fosse gorda!
- Isso é o que vocês pensam. Responde ela. Sou bela e atraente, porque se assim não fosse, seria muito fácil livrarem-se de mim. Minha natureza é delicada, normalmente sou discreta. Quem tem a mim não se apercebe. Mostro-me sempre disposta a ajudar àqueles que querem fazer regimes, mas na verdade faço tudo ir de maneira sutil. Destruo o prazer de viver e destruo a beleza do corpo. Também por mim muitas famílias destruíram-se em busca da luxúria.
- Sentado em uma cadeira, num canto da casa, um senhor também velho, mas com o semblante bastante sereno, com voz doce e movimento suave disse:
- Eu sou a IRA! Alguns me conhecem como cólera. Tenho muitos milênios também. Não sou homem nem mulher assim como meus companheiros que estão aqui.
- Ira? Parece mais um vovô que todos gostaríamos de ter, diz a dona da casa.
- E a grande maioria me tem, responde o vovô. Mato com crueldade. Provoco brigas horríveis que destroem cidades quando me aproximo. Sou capaz de eliminar qualquer sentimento diferente de mim. Posso estar em qualquer lugar, e penetrar nas mais protegidas casas. Pareço calmo e sereno para mostrar-lhes que a ira pode estar no... aparentemente manso. Posso também ficar contido no íntimo das pessoas, sem me manifestar, provocando úlceras, cânceres, e as mais temíveis doenças.
- Eu sou a INVEJA! Faço parte da história do homem desde a sua aparição. Diz uma jovem que ostentava uma coroa de ouro cravada de diamantes, usava braceletes de brilhantes e roupas de fino pano assemelhando-se a uma princesa rica e poderosa.
- Como inveja se és rica e bonita e parece ter tudo o que deseja? Disse a mulher da casa.
- Há os que são ricos; os que são poderosos; os que são famosos; e os que... não são nada disso. Mas eu estou entre todos. A inveja surge pelo que não se tem, e o que não se tem é a felicidade. Pois felicidade depende de amor, e isso é o que mais carecem na humanidade. Por causa de mim muita destruição já houve, mortes e sofrimento. Onde eu estou, está também a tristeza.
Enquanto os invasores se explicavam, um garoto que aparentava cerca de 5 a 6 anos, brincava pela casa. Sorridente e de aparência inocente, características das crianças. Sua face de delicados traços mostrava a plenitude da juventude. Olhos vívidos e enigmáticos parecia estar alheio aos acontecimentos. Quando foi indagado pelo dono da casa:
- E você garoto? O que faz junto a esses que parecem ser a personificação do mal?
- O garoto responde com um sorriso largo e olhar profundo:
- Eu sou o ORGULHO!
- Orgulho? Mas você é apenas uma criança, tão inocente quanto todas as outras.
O semblante do garoto tomou um ar de seriedade que assusta o casal, e então ele disse:
- O orgulho é como uma criança mesmo, mostra-se inocente e inofensivo. Mas não se enganem, sou tão destrutivo quanto todos aqui. Quer brincar comigo?
A preguiça interrompe a conversa e diz:
- Vocês devem escolher quem de nós sairá definitivamente de suas vidas. Queremos uma resposta.
O homem da casa responde:
- Por favor, dêem dez minutos para que possamos pensar.
O casal se dirige para seu quarto, e lá fazem várias considerações. Dez minutos depois retornam.
- Então? Pergunta a gula.
- Ante expectativa geral respondem: Queremos que o orgulho saia de nossas vidas.
O garoto olha com um olhar fulminante para o casal, pois queria continuar ali. Porém, respeitando a decisão, dirige-se para a saída.
Os outros, em silêncio, iam acompanhando o garoto, quando o homem da casa pergunta:
- Hei! Vocês vão embora também?
O menino, agora com ar severo e com a voz forte de um orador experiente, diz:
- Escolheram que o orgulho saísse de suas vidas, e fizeram a melhor escolha...
  • Pois onde não há orgulho, não há preguiça, pois os preguiçosos são aqueles que se orgulham de nada fazer para viver, não percebendo que na verdade vegetam.
  • Onde não há orgulho, não há luxúria, pois os luxuriosos têm orgulho de seus corpos e julgam-se merecedores de possuir os corpos de tantos quantos lhes convir, não percebendo que na verdade são objetos do instinto.
  • Onde não há orgulho não há cobiça, pois os cobiçosos têm orgulho das migalhas que possuem, juntando tesouros na terra e invejando a felicidade alheia, não percebendo que na verdade são instrumentos do dinheiro.
  • Onde não há orgulho não há gula, pois os gulosos se orgulham de suas condições, e jamais admitem que o são. Arrumam desculpas para justificar a gula, não percebendo que na verdade são marionetes dos desejos.
  • Onde não há orgulho não há ira, pois os irosos se orgulham de não serem passíveis e jamais abaixam a cabeça diante de qualquer situação. São incapazes de permitir que a vida lhes proporcione lições de aprendizado, e se revoltam com facilidade com aqueles que, segundo o próprio julgamento, não são perfeitos, não percebendo que na verdade sua ira é resultado de suas próprias imperfeições.
  • Onde não há orgulho não há inveja, pois os invejosos sentem o orgulho ferido ao verem o sucesso alheio, seja ele qual for. Precisam constantemente superar os demais nas conquistas. Não percebendo que na verdade são ferramentas da insegurança e da falta de amor à vida. Adeus!
Saíram todos sem olhar para traz. E ao baterem a porta, um fulminante raio de luz invadiu o recinto. E como haviam se livrado dessas imperfeições morais o casal desintegrou-se, pois adquiriram condições de galgar a mundos melhores ”.
O ser humano vem buscando, ao longo dos séculos, um rumo capaz de lhe oferecer a paz interior. A educação recebida não conseguiu lograr esse objetivo e a maioria das pessoas continua sem saber quem era e para que veio. Essa busca incessante tem conduzido a humanidade angustiada a aceitar fórmulas simplórias e miraculosas de alegrias fictícias e passageiras, que em nada tem contribuído para o aperfeiçoamento espiritual, e permanecemos sem uma direção segura para nossos ideais de felicidade.
Na ânsia de vermos resolvidos os nossos problemas, abdicamos do uso da razão, por isso tantos acorrem para ver santas em vidraças; filas se formam às portas de benzedores milagrosos; romarias se organizam para visitar grutas onde santos foram “vistos”; pessoas que freqüentam templos de várias correntes religiosas diferentes ao mesmo tempo, etc.
A solução definitiva para resolver essas questões humanas passa pelo “conhece-te a ti mesmo” e pelo trabalho realizado no desenvolvimento das virtudes. Necessitamos entender que a felicidade depende do equilíbrio entre a razão e o sentimento, pois são as “asas” que nos farão alçar vôos maiores. O “amai-vos e instruí-vos” é a condição primordial de todo projeto de paz interior. Sem eles jamais lograremos atingir um estado superior de espiritualidade.
Jesus disse que a felicidade não é deste mundo, referindo-se à felicidade plena, mas concitou-nos a buscar a felicidade relativa, que consiste na paz interior – a consciência tranqüila. Para termos consciência tranqüila necessitamos domar nossas imperfeições morais. Mas como domá-las se não temos consciência que as possuímos?

Busquemos então:

1º - Auto Conhecimento que é o conhecimento de si mesmo. Para saber como é que eu sou? Como é que eu sinto as coisas? Como eu reajo às adversidades? O resultado deste esforço nos apontará os nossos desvios;
2º - Meditação que aliada à oração nos trará idéias inspiradoras e nos dirão o que fazer;
3º - O exercício do raciocínio nos apontará os rumos a seguir para realizarmos a nossa Reforma Íntima - como fazer.
Nestes três tópicos está o fundamento da Doutrina Espírita, e o objetivo maior de nossa encarnação, que é o da Evolução Espiritual.
Muita paz.

Bibliografia:

“Educação dos Sentimentos” – Jason de Camargo.
“O Livro dos Espíritos” – Allan Kardec.

Apenas um Lembrete

Apenas um LembreteLembre-se que você é um Espírito imortal vivendo breve experiência num corpo físico.
Lembre-se que seu corpo é feito de matéria e, como tal, sofre o desgaste natural como tudo o que é matéria. Mas esse desgaste não atinge o Espírito.
Assim, quando você perceber que a sua pele está enrugando, lembre-se de que esse é um fenômeno que não alcança o Espírito.
Enquanto a sua pele enruga, seu Espírito pode ficar ainda mais radiante e mais iluminado.
Você não pode deter os segundos, nem evitar que se transformem em anos.
Não pode impedir que o seu cabelo caia ou se torne branco, mas isso não deve ser motivo para levar embora a vitalidade da sua alma imortal.
Sua esperança jamais poderá estar atrelada à sua forma física, pois o ser pensante que você é, é o mais importante e sobreviverá por toda a eternidade.
Sua força e sua vitalidade independem da sua idade.
Seu Espírito é o agente capaz de espanar a poeira do tempo.
Lembre-se de que você não é um corpo que tem um Espírito, é um Espírito temporariamente vivendo num corpo físico.
Chegará o dia que você encontrará uma linha de chegada e perceberá que logo à frente há outra linha de partida...
A vida é feita de idas e vindas... Partidas e chegadas.
Um dia você terá que abandonar esse corpo, mas jamais abandonará a vida...
Lembre-se que cada dia é uma oportunidade de viver e viver bem.
Se acontecer de cometer um engano, não detenha o passo, siga em frente pois logo adiante encontrará outro desafio...
A vida é feita de desafios... Vencemos uns, somos vencidos por outros, mas não podemos deter o passo.
E o maior de todos os desafios é vencer a si mesmo, usando a razão para não se deixar dominar por vícios e prazeres excessivos e prejudiciais.
Importante é não perder tempo vivendo de lembranças amargas e fotografias pela metade, amarelas e empoeiradas...
O dia mais importante é o dia de hoje... E hoje você tem a oportunidade de reescrever a sua história... Conhecer novas paisagens... Colecionar imagens de cores vivas.
Lembre-se que você é um Espírito feito de luz e a luz sempre pode suplantar as trevas... por mais densas que sejam.
O importante é que jamais detenha o passo...
Se as forças físicas não lhe permitem mais correr como antes, ande depressa.
Se algo o impedir de andar depressa, caminhe lentamente, mas siga em frente.
E, se por algum motivo, não puder mais caminhar sem apoio, use bengalas, muletas, cadeira de rodas. Mas vá em frente...
E se, um dia, você não puder mais movimentar seu corpo para continuar andando, voe com o pensamento.
Seu pensamento nada e ninguém poderá deter.
Você é livre para pensar, para aprender, para alcançar os céus em busca de esperança e paz.
O essencial é que você não pare nunca...
Deus não criou você para a derrota. Deus criou você para a vitória, para a felicidade plena. E essa conquista é a parte que lhe cabe.
Este é apenas um lembrete pois, um dia, um Sublime Alguém já nos disse tudo isso e nós esquecemos.
Esquecemos que Ele saiu do corpo mas jamais saiu da vida...
O Seu suave convite ainda paira no ar: Quem quiser vir após Mim, tome a sua cruz, negue-se a si mesmo, e siga-Me.
Esquecemos que Ele afirmou com convicção e firmeza: Nenhuma das ovelhas que o Pai Me confiou se perderá.
Eu sou uma de Suas ovelhas e você também é. Não importa a que religião você pertença. Não importa a que religião eu pertença.
Somos as ovelhas que o Criador confiou ao Sublime Pastor da Galileia, para que Ele nos ensine o caminho que nos conduzirá à felicidade plena.
* * *
Este é apenas um lembrete... que você pode até desconsiderar...
Mas uma coisa é certa: você não deixará de existir, como Espírito imortal que é e não evitará os percalços e as lições da caminhada, porque você, você é filho da Inteligência Suprema do Universo...
Pense nisso!

sábado, 28 de julho de 2012

UMBRAL

As histórias que chegam até nós a respeito do Umbral mostram um local de sofrimento como dificilmente podemos imaginar. Para falar mais sobre o assunto e esclarecer alguns pontos, conversamos com o médium e escritor Alceu Costa Filho, que vem publicando seus livros pela Petit Editora.
Natural de Bicas, Minas Gerais, o médium Alceu Costa Filho não apenas tem psicografado vários livros, mas também é capaz de realizar efeitos mediúnicos de natureza física, entre eles a materializaçào de espíritos. Foi por orientação de seus mentores espirituais que passou a se dedicar com exclusividade ao seu lado intelectual.
A mediunidade já foi percebida na adolescência e, segundo ele explica, não lhe faltou apoio da família. Foi nessa época que Alceu viajou com um amigo até Pedro Leopoldo, com o objetivo de conhecer Chico Xavier. Também teve a oportunidade de entrar em contato com José Pedro de Freitas, mais conhecido como Zé Arigó, que já chegou a ser conhecido como o médium de cura mais famoso do Brasil. Incorporando o dr. Fritz, Arigó dirigiu-se a Alceu, incentivando-o a prosseguir em seu caminho espiritual e dizendo-lhe para estudar. Os estudos e o trabalho espiritual resultaram, em 1983, na fundação do Cenáculo Espírita Fraternidade, em Belo Horizonte.
Alceu diz que os espíritos preparam-no para o trabalho de psicografia. "Sempre trabalhei com a psicofonia, emprestando minha voz aos espíritos, e recebendo, pela vidência e audiência, instruções e orientações, das quais sempre me considerei apenas e tão-somente um simples mensageiro". A tarefa da psicografia é seu objetivo fundamental, hoje. Já foi médium de efeitos físicos, atividade permitida, segundo explica, pelas entidades misericordiosas. Mas a mesma espiritualidade orientou-o no sentido de se afastar dessa linha de atuação, concentrando-se na obra literária. "Eu sou aposentado", ele explica, "e disponho, portanto, de tempo para me dedicar a essa tarefa, que realizo com muito carinho e respeito pelos espíritos, todos os dias, a partir das seis e quinze da manhã".
Ele diz que, no início, recebeu muitas mensagens, procurando orientação nas pessoas que sempre considerou médiuns exemplares. No entanto, foi a própria espiritualidade que se encarregou de motivá-lo e ampará-lo. "Eu vejo e ouço os amigos do outro lado, e não posso deixar de registrar minha gratidão pelas lições de vida que deles recebi. Os espíritos Filipe, Xisto Vinheiros, Cornélio Pires e Nina Arueira são aqueles aos quais estou servindo de intermediário, no momento".
O médium mineiro participou ativamente do movimento espírita mineiro e, hoje em dia, realiza seu trabalho de mediunidade no grupo que ajudou a fundar, realizando também tarefas de assistência social.
Várias linhas espirituais falam sobre um lugar de trevas, para onde criaturas que desencarnam em situação de muita dor, ódio, suicídio, etc. acabam indo. Como e quando surgiu a palavra Umbral no espiritismo?
Amplamente usada por André Luiz através da psicografia de Chico Xavier, hoje faz parte da linguagem espírita para definir zonas de dor e sofrimento. Definida nos dicionários (Aurélio) como: “Limiar da Entrada”, este sempre existiu como conseqüência natural da mente humana. Na obra Nosso Lar encontramos, nas palavras de Lísias: “O Umbral começa na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram atravessar as portas dos deveres sagrados a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano de erros numerosos”.
Via de regra, até quanto tempo uma alma pode passar no Umbral? Em que circunstâncias a alma pode ser resgatada e ir para uma dimensão mais elevada?
A) O tempo que sua consciência determinar.
B) A partir de seu despertar para as verdades eternas. Um espelho sujo não pode refletir a luz.
O Umbral também possui vários planos de existência?
No Livro dos Espíritos, as questões 101 a 106 e seguintes, tratam bem do assunto, explicando-nos as diferentes categorias de espíritos. Portanto, os agrupamentos são determinados pelas afinidades vibratórias formando núcleos pela concentração de tendências e desejos gerais. Compreendemos que cada criatura vive daquilo que cultiva em qualquer dos planos da vida.
No livro Memórias de um Suicida nós temos um relato no mínimo tétrico dessa região e dos espíritos que ali habitam. Alguns videntes dizem que quem ali se encontra, muitas vezes não consegue enxergar espíritos consoladores, de tão densos que são os seus corpos etéricos. O senhor poderia nos falar um pouco sobre isso?
Allan Kardec, no Livro dos Espíritos, capítulo Ensino Teórico das Sensações dos Espíritos, questão 257, cita: “Não possuindo órgãos sensitivos, eles podem, livremente, tornar ativas ou nulas suas percepções". Uma só coisa são obrigados a ouvir: os conselhos dos Espíritos bons. A vista, essa é sempre ativa; mas eles podem fazer-se invisíveis uns aos outros. Conforme a categoria que ocupem podem ocultar-se dos que lhes são inferiores, porém não dos que lhes são superiores.
Muitos dizem que o Umbral é o pensamento global dos sofredores plasmado no éter próximo à crosta da Terra. Isso é verdade?
Manoel Philomeno de Miranda, através da mediunidade de Divaldo, em Nas Fronteiras da Loucura, assim o descreve: “Composta de elementos que me escapavam, eram e são, no entanto, vitalizadas pelas sucessivas ondas mentais dos habitantes do planeta, que de alguma forma sofrem-lhe a condensação perniciosa”.
Existem espíritos além de qualquer possibilidade de resgate? É possível um espírito, de tão maligno, ter sua centelha divina extinta para sempre ou então reencarnar no corpo de um animal?
Seria negar a justiça divina. Todos nós, por momentos ou séculos, atravessamos estas regiões. Todos fomos criados com o objetivo de evolução, e sermos condenados a penas eternas ou retroagirmos por castigo, é negar os princípios de amor e perdão pregados pelo Cristo. Na questão 194 do Livro dos Espíritos encontramos: “A alma não pode regredir, afirmar ao contrário seria negar a lei de progresso.”
Como se dá a reencarnação de espíritos que não conseguem sair do Umbral?
A questão 330 do Livro dos Espíritos nos responde: “A reencarnação é então uma necessidade, assim como a morte é uma necessidade da vida corporal". Ainda no Livro dos Espíritos, questão 1006, encontramos o ensinamento de São Luís de que “ninguém é totalmente mau”. E em João, cap. 1 a 12: “Em verdade vos digo, ninguém poderá ver o reino de Deus se não nascer de novo”. Cedo ou tarde todos despertamos para a luz. Deus oferece a todos oportunidades iguais, facultando a cada um o que melhor lhe aprouver, enquanto assim o deseja, dentro do céus ou do inferno que construiu para si. Somos escravos de nossas culpas, mas também construtores de nosso amanhã.
Qual dos seus livros trata mais de perto da existência do Umbral?
À Sombra da Luz.
Existe uma hierarquia entre os habitantes desse plano?
Sim, dentro das conquistas de cada um, de conformidade com os ideais que alimentam.
Qual é o elo de ligação entre essas entidades?
Através da psicografia de Chico Xavier, em Ação e Reação, André Luiz nos relata, no capítulo 19: “...situado entre dolorosa região de sombra cultivada pelas mentes, em geral, rebelde e ociosa, desvairada e enfermiça.” Em Nosso Lar, capítulo 12: “Lá vivem e agrupam-se os revoltados de toda espécie, formam igualmente, núcleos invisíveis de notável poder, pela concentração de afinidades comuns.”
É verdadeira a informação de que o plano umbralino envolve o nosso planeta, num verdadeiro “cinturão” vibratório?
Em nossa busca pelo aprendizado, encontramos a palavra esclarecedora de Manoel Philomeno de Miranda, em sua obra Nas Fronteiras da Loucura, psicografado por Divaldo. No capítulo 19 lemos: “...percebi haver em torno da Terra, faixas vibratórias concêntricas, que a envolviam, desde as mais condensadas, próximas à esfera física, até as mais sutis, distanciadas do movimento humano da crosta”.
É possível mencionar algumas das fraternidades que se dedicam a amparar e a resgatar os espíritos que, se encontrando no Umbral, arrependem-se dos seus erros, rogando a misericórdia de Deus?
Nossos amigos espirituais nos orientam que estes postos de socorro, núcleos de atendimento e apoio são criados e sustentados por aqueles voltados ao bem que já de há muito dispõem de condições para trabalho em esferas mais elevadas, no entanto preferem servir na prática do amor onde a dor é mais aguda. Note-se que nos referimos às equipes existentes no plano espiritual. Como são inúmeras e evitando incorrer em erro, pois naturalmente omitiríamos, por esquecimento e por desconhecê-las, muitas, preferimos não citar aquelas que são de nosso conhecimento.
É recomendável vibrar ou fazer preces pelos espíritos que se encontram no Umbral?
Jesus nos afirma através de Mateus, no capítulo 9, vers. 10 a 12 do Evangelho Segundo o Espiritismo: “Não são os que gozam de saúde que precisam de médico”. Veja-se ainda, no capítulo 27, questão 18 (prece pelos mortos e espíritos sofredores): “... a prece tem sobre eles uma ação mais direta, reanima-os, incute-lhes o desejo de se elevar pelo arrependimento e pela reparação...”. Como espíritas, compreendemos ser a prece uma sublime oportunidade de praticar a caridade.
Os espíritos em condição mais elevada transitam – se assim o desejarem – pelas regiões umbralinas?
Na obra Ação e Reação, de André Luiz, encontramos no capítulo 15 a descrição de uma destas muitas incursões feitas por aqueles que ali vão na prática do serviço fraterno em nome de Jesus, o que nos faz compreender que em parte alguma é escasso o amparo do Mais Alto.
Aqueles que lá se encontram conseguem influenciar os encarnados? Descreva, se possível, como acontece essa influenciação.
Manoel Philomeno de Miranda descreve, através da psicografia de Divaldo, em Nas Fronteiras da Loucura: “Em muitos desses sítios programam-se atentados sórdidos contra os homens e elaboram-se atividades que objetivam a extinção do bem, assim como a instalação do primado da força bruta no mundo. Pelo processo de sintonia, desencarnados imantam-se àqueles que lhe são afins, sempre conjugando os valores morais que os caracteriza”.
Os encarnados – em sonhos ou em desdobramentos – conseguem penetrar nessas regiões sofredoras?
Buscamos no Livro dos Espíritos, capítulo 8, a questão 402, que ilustramos a seguir: “... os espíritos dedicados ao bem, ao se libertar da vestimenta carnal vão reunir-se a outros espíritos com os quais se instruem e trabalham. Todavia, a massa de homens vai seja para regiões ou mundos inferiores onde velhas afeições os evocam”.
O Vale dos Suicidas – citado por muitos espíritas – existe realmente?
Acreditamos que sim, pois a sintonia atrai as vibrações similares que aproximam e vinculam as almas. Vive-se, portanto, em comunhão constante com aqueles aos quais nos afinamos psiquicamente.
Existem trabalhos de desobsessão no Cenáculo Espírita Fraternidade para auxiliar os espíritos que se encontram nas regiões umbralinas?
As reuniões de ajuda e esclarecimento a irmãos sofredores fazem parte da rotina de atividades de nossa casa. As de desobsessão são realizadas atendendo às orientações de nossos mentores, quando as julgam necessárias e se estivermos aptos para tal.
O Umbral corresponderia ao Hades grego ou ao purgatório da Igreja Católica?
A descrição de nossos mentores e irmãos espirituais, nas muitas obras que tratam do assunto, nos levam a crer que sim. Citaremos para referência as obras de André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, e ilustraremos com as palavras de Manoel Philomeno de Miranda através de Divaldo, em Nas Fronteiras da Loucura: “...colônias específicas por sua maldade construídas, nas quais fazem supor tratar-se de purgatórios e infernos governados por verdadeiros gênios do mal...”.
Fale sobre o seu último livro, que está sendo lançado pela Petit Editora.
Filipe nos relata com detalhes a formação de um posto de socorro junto às sombras, descrevendo com riqueza de detalhes essas regiões de dor e sofrimento, quando nos é dada ainda a oportunidade de conhecer um de seus lideres, à frente de inúmeros seguidores. Todo o relato feito por nosso irmão se passa nestas regiões de dor e sofrimento.
Finalize, Alceu, com uma mensagem para os leitores da revista Espiritismo & Ciência.
Se nos fosse possível conhecer a extensão do nosso hoje, certamente saberíamos melhor aproveitar as oportunidades que nos são ofertadas por Deus. O Consolador prometido por Jesus veio em tempo certo, encontrando muitos já prontos para assimilar seus princípios, enquanto outros ainda à margem da estrada, insistem em manter-se ausentes dos compromissos que lhes cabem em sua oportunidade de evolução. Outros ainda, ao se aproximarem da doutrina consoladora, o fazem moldando-a a seu critério, esquecendo-se de que esta é a única que pode encarar a razão face a face, em qualquer época da humanidade. Portanto, como espíritas, cumpre-nos o dever de execução das palavras de Jesus, que nos determina “Amar a Deus sobre todas a coisas e ao próximo como a nós mesmos”, e o Espírito de Verdade nos fornece o direcionamento que é a luz, o caminho correto para nos beneficiarmos da oportunidade de sermos espíritas cristãos. “Espíritas, amai-vos, espíritas instrui-vos”; estes princípios são imprescindíveis a qualquer ação que nos leve à conquista de nossa evolução. Tornemo-nos, portanto, a ponte entre a dor e a esperança, a sombra e a luz do esclarecimento, o pão e a fome, o ódio e o amor, encurtando as distâncias entre nós e Jesus.

   chttp://www.espirito.org.br/portal/publicacoes/esp-ciencia/003/umbral.html)

DEUS AGE

DEUS AGE

Dificuldades e empecilhos,
Aflições desatadas,
Provações imprevistas,
Tristezas e amarguras,
Farpas de incompreensão,
Contratempos e lágrimas,
Desastres eminentes,
Problemas e conflitos...
Quando essas sombras apareçam,
Ora e silencia,
Guardando tolerância;
Se possível nada digas,
Servindo para o bem
Sem que te queixes de ninguém.
Então, perceberás
Que te encontras em paz
E que uma luz vem vindo
Para auxílio de todos...
Assim será sempre,
Porque, em todas as crises,
O Céu apaga as horas infelizes,
E se calas e esperas,
Na fé que já te alcança,
Com mais imediata segurança
Deus permanece agindo.


Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier) pelo espírito Meimei.
Mensagem extraída do livro Amizade, editora IDEAL.
Link da Página: http://www.grupoandreluiz.org.br/ler_mensagem.php?id=215
(Publicado em 30/11/2011)

PERDÃO E CONCIÊNCIA


PERDÃO E CONSCIÊNCIA

Em matéria de perdão, não olvides o tribunal interior, em que a consciência é sempre o juiz incorrutível de todos os nossos atos.

Os pesares que semeamos são pedras calcinantes a se voltarem sobre a nossa cabeça.

Toda ação na vida reage sobre si própria, em ondas de reação, tornando ao ponto central de origem.

Sem dúvida, que a morte ser-te-á entre os homens um fator de aparente liquidação de todos os débitos.

Tuas contas e ofensas aparecerão desculpadas pelos irmãos do caminho, no entanto, não por ti mesmo que lhes carrearás a sombra, onde fores, como alguém que amarra fardos de lodo e cinza ao imo do próprio ser.

As feridas que abriste nos companheiros serão por eles, quase sempre integralmente apagadas, entretanto, nas telas da mente surgirão por fantasmas de dor, vitalizadas pela memória que nos traça as lembranças felizes ou infortunadas do bem ou do mal a que nos afeiçoamos.

É desse modo que homicidas e delinquentes, muitas vezes perdoados por suas vítimas, prosseguem depois do túmulo assaltados pelas imagens daqueles que lhes sofreram os golpes e os prejuízos, algemados ao remorso que se lhes erige nas almas em pelourinho de angústia e, pelo mesmo processo, os ingratos e desertores, olvidados na Terra, continuam, além, submetidos à aflição que lhes nasce dos pesadelos ocultos.

Não desprezes a oportunidade de auxiliar sempre, exercitando a bondade e a tolerância, o amor e a compreensão, porque o mal, muitas vezes, transforma-se em paz e luz naqueles que o recebem e, invariavelmente, é sempre treva e dor naqueles que o praticam.


Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier) pelo espírito Emmanuel.
Mensagem extraída do livro Irmão, editora IDEAL.

       (http://www.editoraideal.com.br/ler_mensagem.php?id=221)

sexta-feira, 27 de julho de 2012

PSICOPICTOGRAFIA (pintura mediúnica)

A psicopictografia, popularmente referida como pintura mediúnica, é, segundo os que crêem na doutrina espírita, uma manifestação mediúnica pela qual um espírito, através de um médium, se expressa por meio de pinturas ou desenhos.
Allan Kardec (1861, item 190) define médiuns pintores ou desenhistas, como sendo aqueles que pintam ou desenham sob a influência dos Espíritos [1].
    (http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicopictografia)

PSICOMETRIA

27-O que é psicometria?
27-O que é psicometria?

É a faculdade da vidência de coisas passadas através de um objeto qualquer ligado aquelas cenas. Podendo se dar quando o espírito do médium se exterioriza, abandona sua mente menor e penetra na mente maior que se liga a todos os fatos de sua evolução e contém as reminiscências de seu passado, integrado momentaneamente nela revive determinadas cenas e fatos e os relata pela escrita ou palavra sofrendo muitas vezes tudo o que já passou a muito tempo.


   (http://estudodamediunidade.no.comunidades.net/index.php?pagina=1462449896_11)

Diferentes categorias de mundos habitados - Estudanto o Evangelho Segundo Espiritismo

3. Do ensino dado pelos Espíritos, resulta que muito diferentes umas das outras são as condições dos mundos, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes. Entre eles há-os em que estes últimos são ainda inferiores aos da Terra, física e moralmente; outros, da mesma categoria que o nosso; e outros que lhe são mais ou menos superiores a todos os respeitos. Nos mundos inferiores, a existência é toda material, reinam soberanas as paixões, sendo quase nula a vida moral. A medida que esta se desenvolve, diminui a influência da matéria, de tal maneira que, nos mundos mais adiantados, a vida é, por assim dizer, toda espiritual.

4. Nos mundos intermédios, misturam-se o bem e o mal, predominando um ou outro, segundo o grau de adiantamento da maioria dos que os habitam. Embora se não possa fazer, dos diversos mundos, uma classificação absoluta, pode-se contudo, em virtude do estado em que se acham e da destinação que trazem, tomando por base os matizes mais salientes, dividi-los, de modo geral, como segue: mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações da alma humana; mundos de expiação e provas, onde domina o mal; mundos de regeneração, nos quais as almas que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta; mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal; mundos celestes ou divinos, habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem. A Terra pertence à categoria dos mundos de expiação e provas, razão por que aí vive o homem a braços com tantas misérias.
5. Os Espíritos que encarnam em um mundo não se acham a ele presos indefinidamente, nem nele atravessam todas as fases do progresso que lhes cumpre realizar, para atingir a perfeição. Quando, em um mundo, eles alcançam o grau de adiantamento que esse mundo comporta, passam para outro mais adiantado, e assim por diante, até que cheguem ao estado de puros Espíritos. São outras tantas estações, em cada uma das quais se lhes deparam elementos de progresso apropriados ao adiantamento que já conquistaram. É-lhes uma recompensa ascenderem a um mundo de ordem mais elevada, como é um castigo o prolongarem a sua permanência em um mundo desgraçado, ou serem relegados para outro ainda mais infeliz do que aquele a que se vêem impedidos de voltar quando se obstinaram no mal.

Música espírita com letra Pensamento positivo

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Obstáculos


"Aquele que cede ante ao obstáculo, que desiste diante da dificuldade já perdeu a batalha sem a ter enfrentado. Não raro, o obstáculo e a dificuldade são mais aparentes que reais, mais ameaçadores do que impeditivos. Só se pode avaliar após o enfrentamento. Ademais, cada vitória conseguida se torna aprimoramento da forma de vencer e cada derrota ensina a maneira como não se deve tentar a luta. Essa conquista é proporcionada mediante o esforço de prosseguir sem desfalecimento e insistir após cada pequeno ou grande insucesso. O objetivo deve ser conquistado, e, para tanto, a coragem do esforço contínuo é indispensável. Muitas vezes será necessário parar para refletir, recuar para renovar forças e avançar sempre. É uma salutar estratégia aquela que faculta perder agora o que é de pequena monta para ganhar resultados permanentes e de valor expressivo depois."

" pelo espírito Joanna de Angelis"

Essência Evangélica 008

quarta-feira, 25 de julho de 2012

ESPERANTO

O que é Esperanto?
O Esperanto é uma língua criada para facilitar a comunicação entre os povos do mundo inteiro.

Mais de cem anos de utilização prática fizeram do Esperanto uma língua viva, capaz de exprimir qualquer nuance do pensamento humano. Ela é internacional e neutra porque pertence a todos os povos e proporciona a comunicação entre pessoas de todo o mundo, sem qualquer tendência de hegemonia cultural, política, religiosa e econômica.

Quem aprende o Esperanto tem o privilégio de usufruir de duas cidadanias que se interagem e mutuamente se enriquecem: a primeira todos recebem automaticamente quando nascem. É influenciada pelas tradições, costumes e crenças de cada país, ou seja, pela cultura local. A segunda ganhamos quando, voluntariamente, optamos por ser cidadãos do mundo, através do Esperanto. Mais ampla que a outra, engloba a cultura mundial, em suas mais diversas manifestações.

Os que optam pela "dupla cidadania" através do Esperanto são chamados de esperantistas. São pessoas que não só conhecem a língua mas também a usam para comunicar-se com esperantistas de outros países, para estabelecer contatos com culturas diversas e são ativistas da divulgação e da defesa da idéia da Língua Internacional.

Após o surgimento do Esperanto, pessoas que o aprenderam sentiram necessidade de organizar grupos para a prática, ensino e sua divulgação. Com o passar do tempo, esses grupos cresceram, alguns ultrapassaram as fronteiras do país de origem, novos surgiram e hoje temos centenas de organizações esperantistas em funcionamento no mundo inteiro. Juntamente com os esperantistas, esses grupos formam o Mundo do Esperanto, e as ações nele desenvolvidas constituem o que se convencionou chamar de movimento esperantista.

Aprenda Esperanto, torne-se esperantista e venha viver o mundo do Esperanto. Ele é, por natureza, seu também!

(texto de autoria de Francisco Mattos, morador de Brasília-DF, grande batalhador pela causa do Esperanto)

Para saber mais sobre o Esperanto, visite esta excelente página: Kultura Centro de Esperanto

Curso de Esperanto

Oração Atendida

Será que Deus atende mesmo a todas as orações? Jesus nos afirmou que tudo o que pedíssemos ao Pai em Seu nome, Ele nos concederia.
Mesmo assim, a debilidade da nossa fé, vez ou outra, faz com que nos perguntemos: Será que atende?
Afinal, quantos de nós já fizemos rogativas ao Criador, que jamais foram atendidas?
Será preciso algum detalhe que nos possibilite ser atendidos por Deus?
Os mais revoltados, ante seus problemas não solucionados pela Divindade, chegam a admitir a parcialidade Divina que atende a uns e não atende a outros.
Contudo, não é assim. Ocorre que, inúmeras vezes, não nos apercebemos que Deus nos responde, embora nem sempre da forma que desejamos.
Mas, com certeza, sempre é o melhor que o Pai dispõe.
Recordamo-nos de um soldado americano, ferido durante a Guerra Civil. Após o ferimento, seguiram-se meses e meses de sofrimentos. A sua dor atingiu o auge quando ele se deu conta de que havia se tornado um deficiente físico.
No entanto, a transformação radical em sua vida lhe abriu novos horizontes que ele sintetizou em uma oração.
Oração que talvez se constitua em uma das mais belas páginas escritas por um deficiente físico.
Conforme a tradução livre, do original inglês, diz ele:
Pedi a Deus que me desse forças, para tudo conseguir...
Fui feito fraco para aprender a obedecer.
Pedi a Deus a saúde para realizar coisas grandiosas...
Fui feito doente para realizar coisas difíceis.
Pedi a Deus por riquezas, para comprar felicidade...
Fui feito pobre, para vender sabedoria.
Pedi a Deus que me concedesse poder, para que os homens necessitassem de mim...
Fui feito insignificante, para sentir a necessidade de Deus ...
Pedi a Deus por tudo isso, para poder gozar a vida...
E Deus me deu a vida para poder avaliar seu gozo.
Não recebi nada do que pedi, mas obtive tudo aquilo que esperava ganhar.
A despeito dos meus erros, as preces que não fiz foram atendidas.
E, dentre todos os homens, eu me considero o mais ricamente abençoado.
* * *
O entendimento do soldado ferido que se tornou um paralítico anônimo nos dá a tônica de como Deus ouve nossas preces e as atende, sempre de acordo com o que seja melhor para nós.
Afinal, muitas vezes passamos a valorizar as pequeninas e preciosas coisas da vida, quando elas nos são retiradas.
* * *
O ano de 1981 foi o primeiro Ano Internacional da Pessoa Deficiente.
Ser deficiente não significa ser doente.
É simplesmente ser diferente. Diferente dos padrões considerados como normais.

Redação do Momento Espírita

terça-feira, 24 de julho de 2012

Filme Chico Xavier (2010)

Diferentes ordens de Espíritos

96 Os Espíritos são iguais ou há entre eles alguma hierarquia?
– Eles são de diferentes ordens, de acordo com o grau de perfeição a que chegaram.
97 Há um número determinado de ordens ou de graus de perfeição entre os Espíritos?
– O número é ilimitado. Não há entre essas ordens uma linha de demarcação como limite, e, assim, as divisões podem ser multiplicadas ou restringidas à vontade. No entanto, considerando-se as características gerais, podem reduzir-se a três principais.
Em primeiro lugar, os que chegaram à perfeição: os Espíritos puros. Os da segunda ordem são os que atingiram o meio da escala: o desejo do bem é sua preocupação. Os do último grau, ainda no início da escala, são os Espíritos imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo desejo do mal e por todas as más paixões que retardam seu adiantamento.
98 Os Espíritos da segunda ordem têm apenas o desejo do bem, ou terão também o poder de praticá-lo?
– Têm esse poder segundo o grau de sua perfeição: uns têm a ciência, outros a sabedoria e a bondade, mas todos ainda têm provas a cumprir.
99 Os Espíritos da terceira ordem são todos essencialmente maus?
– Não; uns não fazem o bem nem o mal; outros, ao contrário, se satisfazem no mal e sentem prazer quando encontram a ocasião de o fazer. E há ainda os Espíritos levianos ou zombadores, mais brincalhões do que maus, que se satisfazem antes na malícia do que na maldade e que encontram prazer em mistificar e causar pequenas contrariedades das quais se riem.

Terceira ordem – Espíritos imperfeitos

101 Características gerais – Predominância da matéria sobre o Espírito. Propensão ao mal. Ignorância, orgulho, egoísmo e todas as más paixões que são suas conseqüências.
Eles têm a intuição de Deus, mas não o compreendem.
Nem todos são essencialmente maus. Entre alguns há mais leviandade, inconseqüência e malícia do que verdadeira maldade. Alguns não fazem o bem nem o mal; mas, apenas pelo fato de não fazerem o bem, já demonstram sua inferioridade. Outros, ao contrário, se comprazem no mal e ficam satisfeitos quando encontram a ocasião de o fazer.
Podem aliar a inteligência à maldade ou à malícia; mas qualquer que seja seu desenvolvimento intelectual, suas idéias são pouco elevadas e seus sentimentos mais ou menos inferiores.
Seus conhecimentos sobre as coisas do mundo espírita são limitados e o pouco que sabem se confunde com as idéias e os preconceitos da vida corporal. Eles podem nos dar apenas noções falsas e incompletas, mas o observador atento encontra, muitas vezes, em suas comunicações imperfeitas, a confirmação das grandes verdades ensinadas pelos Espíritos Superiores.
Seu caráter se revela pela sua linguagem. Todo Espírito que em suas comunicações revela um mau pensamento pode ser classificado na terceira ordem. Por conseqüência, todo mau pensamento que nos é sugerido vem de um Espírito dessa ordem.
Eles vêem a felicidade dos bons e isso é, para eles, um tormento incessante, porque sentem todas as agonias que originam a inveja e o ciúme.
Conservam a lembrança e a percepção dos sofrimentos da vida corporal e essa impressão é, muitas vezes, mais dolorosa do que a realidade. Sofrem, verdadeiramente, pelos males que suportaram em vida e pelos que fizeram os outros sofrer. E como sofrem por longo tempo, acreditam que irão sofrer para sempre. A Providência, para puni-los, permite que assim pensem3.
Pode-se dividi-los em cinco classes principais:
102 Décima classe. Espíritos Impuros – São inclinados ao mal e fazem dele o objeto de suas preocupações. Como Espíritos, dão conselhos falsos, provocam a discórdia e a desconfiança e se mascaram de todas as formas para melhor enganar. Eles se ligam às pessoas de caráter mais fraco, que cedem às suas sugestões, a fim de prejudicá-los, satisfeitos em poder retardar o seu adiantamento e fazê-las fracassar nas provas por que passam.
Nas manifestações, esses espíritos são reconhecidos pela linguagem. A trivialidade e a grosseria das expressões, entre os Espíritos como entre os homens, é sempre um indício de inferioridade moral ou intelectual. Suas comunicações revelam a baixeza de suas inclinações e, se tentam enganar ao falar de uma maneira sensata, não podem sustentar esse papel por muito tempo, e acabam sempre por denunciar a sua origem.
Alguns povos fizeram desses Espíritos divindades malfazejas; outros os designaram sob o nome de demônios, maus gênios, espíritos do mal.
Quando estão encarnados, são inclinados a todos os vícios que geram as paixões vergonhosas e degradantes: a sensualidade, a crueldade, a mentira, a hipocrisia, a cobiça e a avareza sórdida. Fazem o mal pelo prazer de fazê-lo e, muitas vezes, sem motivos e por ódio ao bem, escolhem quase sempre suas vítimas entre as pessoas honestas. São flagelos para a humanidade, seja qual for a posição da sociedade a que pertençam, e o verniz da civilização não os livra da baixeza e da desonra.
103 Nona classe. Espíritos Levianos – São ignorantes, maliciosos, inconseqüentes e zombeteiros. Envolvem-se em tudo, respondem a tudo, sem se preocupar com a verdade. Comprazem-se em causar pequenos desgostos e pequenas alegrias, atormentar e induzir maliciosamente ao erro por meio de mistificações e espertezas. A esta classe pertencem os Espíritos vulgarmente designados sob os nomes de duendes, trasgos4, gnomos, diabretes. Estão sob a dependência dos Espíritos Superiores, que se utilizam deles, muitas vezes, como fazemos com os nossos servidores.
Nas suas comunicações com os homens, a linguagem é algumas vezes espirituosa e engraçada, mas quase sempre sem profundidade. Compreendem os defeitos e o ridículo humanos, exprimindo-os em tiradas mordazes e satíricas. Se usam nomes supostos, é mais para se divertir conosco do que por maldade.
104 Oitava classe. Espíritos Pseudo-Sábios – Seus conhecimentos são bastante amplos, mas acreditam saber mais do que sabem na realidade. Tendo realizado alguns progressos sob diversos pontos de vista, sua linguagem tem uma característica séria que pode induzir ao erro e ocasionar enganos sobre suas capacidades e seus conhecimentos. Mas isso é apenas um reflexo dos preconceitos e das idéias sistemáticas que conservam da vida terrena. É uma mistura de algumas verdades ao lado dos erros mais absurdos, no meio dos quais sobressai a presunção, o orgulho, a inveja e a obstinação das quais não puderam se libertar.
105 Sétima classe. Espíritos Neutros – Não são bastante bons para fazer o bem, nem suficientemente maus para fazer o mal. Inclinam-se tanto para um quanto para o outro e não se elevam acima da condição comum da humanidade, tanto pela moral quanto pela inteligência. Eles se prendem às coisas deste mundo e lamentam a perda das alegrias grosseiras que nele deixaram.
106 Sexta classe. Espíritos Batedores e Perturbadores – Estes Espíritos não formam, propriamente falando, uma classe distinta quanto às qualidades pessoais, podendo pertencer a todas as classes da terceira ordem. Manifestam, freqüentemente, sua presença por efeitos sensíveis e físicos, como pancadas, o movimento e o deslocamento anormal dos corpos sólidos, a agitação do ar, etc. Parecem estar ainda, mais do que outros, ligados à matéria e ser os agentes principais das variações e transformações das forças e elementos da natureza no globo, seja ao atuarem sobre o ar, a água, o fogo, os corpos duros ou nas entranhas da terra. Reconhece-se que esses fenômenos não se originam de uma causa imprevista e física, quando têm um caráter intencional e inteligente. Todos os Espíritos podem produzir esses fenômenos, mas os de ordem elevada os deixam, geralmente, como atribuições dos subalternos, mais aptos às coisas materiais do que às da inteligência. Quando julgam que essas manifestações são úteis, servem-se dos Espíritos dessa classe como seus auxiliares.

Segunda ordem – Bons Espíritos

107 Características gerais – Predominância do Espírito sobre a matéria; desejo do bem. Suas qualidades e poder para fazer o bem estão em conformidade com o grau que alcançaram. Uns têm a ciência; outros, a sabedoria e a bondade. Os mais adiantados reúnem o saber às qualidades morais. Não estando ainda completamente desmaterializados, conservam mais ou menos, de acordo com sua categoria, os traços da existência corporal, tanto na forma da linguagem quanto nos costumes, entre os quais se identificam algumas de suas manias. Não fosse por isso, seriam Espíritos perfeitos.
Compreendem Deus e o infinito e já gozam da felicidade dos bons; são felizes pelo bem que fazem e pelo mal que impedem. O amor que os une é uma fonte de felicidade indescritível que não é alterada pela inveja, pelo remorso, nem por nenhuma das más paixões que fazem o tormento dos Espíritos imperfeitos. Mas todos ainda têm que passar por provas até que atinjam a perfeição absoluta.
Como Espíritos, sugerem bons pensamentos, desviam os homens do caminho do mal, protegem a vida daqueles que se tornam dignos e neutralizam a influência dos Espíritos imperfeitos sobre os que não têm por que passar por ela.
Quando encarnados são bons e benevolentes com os seus semelhantes. Não são movidos pelo orgulho, egoísmo, nem ambição. Não sentem ódio, rancor, inveja ou ciúme e fazem o bem pelo bem.
A esta ordem pertencem os Espíritos designados nas crenças populares pelos nomes de gênios bons, gênios protetores, Espíritos do bem. Nos tempos de superstições e ignorância, foram tidos como divindades benfazejas.
Pode-se dividi-los em quatro grupos principais:
108 Quinta classe. Espíritos Benevolentes – Sua qualidade dominante é a bondade; satisfazem-se em prestar serviços aos homens e em protegê-los, mas seu saber é limitado. Seu progresso é maior no sentido moral do que no intelectual.
109 Quarta classe. Espíritos Prudentes ou Sábios – O que os distingue especialmente é a abrangência de seus conhecimentos. Preocupam-se menos com as questões morais do que com as científicas, para as quais têm mais aptidão. Mas consideram a ciência somente do ponto de vista da utilidade, livre das paixões que são próprias dos Espíritos imperfeitos.
110 Terceira classe. Espíritos de Sabedoria – As qualidades morais do mais elevado grau formam seu caráter. Sem ter conhecimentos ilimitados, são dotados de uma capacidade intelectual que lhes dá um julgamento preciso e sábio sobre os homens e as coisas.
111 Segunda classe. Espíritos Superiores – Reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade. Sua linguagem revela sempre a benevolência e é constantemente digna, elevada, muitas vezes sublime. Sua superioridade os torna mais aptos que os outros para nos dar noções mais justas sobre as coisas do mundo incorpóreo, dentro dos limites do que é permitido ao homem conhecer. Comunicam-se benevolentemente com os que procuram de boa-fé a verdade e que têm a alma já liberta dos laços terrestres para compreendê-la. Mas se afastam dos que são movidos apenas pela curiosidade ou dos que a influência da matéria desvia da prática do bem.
Quando, por exceção, encarnam na Terra, é para realizar uma missão de progresso e nos oferecem, então, o modelo de perfeição a que a humanidade pode aspirar neste mundo.

Primeira ordem – Espíritos puros

112 Características gerais – Não sofrem nenhuma influência da matéria. Superioridade intelectual e moral absoluta em relação aos Espíritos das outras ordens.
113 Primeira classe. Classe Única – Passaram por todos os graus da escala e se libertaram de todas as impurezas da matéria. Tendo atingido o mais elevado grau de perfeição de que é capaz a criatura, não têm mais que sofrer provas nem expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis, a vida é para eles eterna e a desfrutam no seio de Deus.
Gozam de uma felicidade inalterável por não estarem sujeitos nem às necessidades, nem às variações e transformações da vida material. Mas essa felicidade não é de uma ociosidade monótona passada numa contemplação perpétua. São os mensageiros e ministros de Deus, cujas ordens executam para a manutenção da harmonia universal. Comandam todos os Espíritos que lhes são inferiores, ajudando-os a se aperfeiçoarem e lhes designam missões. Assistir os homens em suas aflições, incitá-los ao bem ou à expiação das faltas que os afastam da felicidade suprema é para eles uma agradabilíssima ocupação. São chamados, às vezes, de anjos, arcanjos ou serafins.
Os homens podem entrar em comunicação com eles, mas presunçoso seria aquele que pretendesse tê-los constantemente às suas ordens.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Viva Intensamente!!!


Morre lentamente
Quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo

Morre lentamente
Quem destrói seu amor próprio,
Quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente
Quem se transforma em escravo do hábito
Repetindo todos os dias os mesmos trajeto,
Quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou
Não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente
Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções, Justamente as que resgatam o brilho dos
Olhos e os corações aos tropeços.

Morre lentamente
Quem não vira a mesa quando está infeliz
Com o seu trabalho, ou amor,
Quem não arrisca o certo pelo incerto
Para ir atrás de um sonho,
Quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, Fugir dos conselhos sensatos...

Viva hoje !
Arrisque hoje !
Faça hoje !
Não se deixe morrer lentamente !

NÃO SE ESQUEÇA DE SER FELIZ

Martha Medeiros


Em baixo o link em que contêm o video, vale a pena ver..

http://www.mensagemespirita.com.br/mensagem-em-video/186/viva-intensamente

Mediunidade no tempo de Jesus


Mediunidade no tempo de Jesus

Paulo da Silva Neto Sobrinho
“Se alguém julga ser profeta ou inspirado pelo Espírito, reconheça um
mandamento do Senhor nas coisas que estou escrevendo para vocês”
(PAULO, aos coríntios).

Introdução

A mediunidade é uma faculdade humana que consiste na sintonia espiritual entre dois seres. Normalmente, a usamos para designar a influência de um Espírito desencarnado sobre um encarnado, entretanto, julgamos que, acima de tudo, por se tratar de uma aquisição do Espírito imortal, pouco importa a situação em que se encontram esses dois seres, para que se processe a ligação espiritual entre eles.
É comum que ataques ao Espiritismo ocorram por conta desse “dom”, como se ele viesse a acontecer exclusivamente em nosso meio. Ledo engano, pois, conforme já o dissemos, é uma faculdade humana, e assim sendo, todos a possuem, variando apenas quanto ao seu grau.
Os detratores querem, por todos os meios, fazer com que as pessoas acreditem que isso é coisa nova, mas podemos provar que a mediunidade não é coisa nova e que até mesmo Jesus dela pode nos dar notícias. É o que veremos a seguir.

A mediunidade e Jesus

Quando Jesus recomenda a seus doze discípulos a divulgação de que o “reino do Céu está próximo” fica evidenciado, aos que estudaram ou vivenciam esse fenômeno, que o Mestre estava falando mesmo era da faculdade mediúnica. Entretanto, por conta dos tradutores ou dos teólogos, essa realidade ficou comprometida no texto bíblico. Entretanto, como é impossível “tapar o sol com uma peneira”, podemos perfeitamente identificá-la, apesar de todo o esforço para escondê-la.
O evangelista Mateus narra o seguinte:
Eis que eu envio vocês como ovelhas no meio de lobos. Portanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Tenham cuidado com os homens, porque eles entregarão vocês aos tribunais e açoitarão vocês nas sinagogas deles. Vocês vão ser levados diante de governadores e reis, por minha causa, a fim de serem testemunhas para eles e para as nações. Quando entregarem vocês, não fiquem preocupados como ou com aquilo que vocês vão falar, porque, nessa hora, será sugerido a vocês o que vocês devem dizer. Com efeito, não serão vocês que irão falar, e sim o Espírito do Pai de vocês é quem falará através de vocês”. (10,16-20).
A primeira observação que faremos é que por ter tentado a Eva, dizem que a serpente seria o próprio satanás, entretanto, isso fica estranho, porquanto o próprio Jesus nos recomenda sermos prudentes como as serpentes. Esse fato demonstra que tal associação é apenas fruto do dogmatismo que só produz o fanatismo religioso.
Essa fala de Jesus é inequívoca quanto ao fenômeno mediúnico: “não fiquem preocupados como ou com aquilo que vocês vão falar, porque, nessa hora, será sugerido a vocês”, e arremata: “Com efeito, não serão vocês que irão falar, e sim o Espírito do Pai de vocês é quem falará através de vocês”. A tentativa de esconder o fenômeno fica por conta da expressão “o Espírito do Pai”, quando a realidade é “um Espírito do Pai” a mudança do artigo indefinido para o artigo definido tem como objetivo principal desvirtuar a fenomenologia em primeiro plano e em segundo, mais um ajuste de texto bíblico para apoiar a trindade divina copiada dos povos pagãos.
O filósofo e teólogo Carlos Torres Pastorino abordando a questão da mudança do artigo, diz:
“...Novamente sem artigo. Repisamos: a língua grega não possuía artigos indefinidos. Quando a palavra era determinada, empregava-se o artigo definido ‘ho, he, to’. Quando era indeterminada (caso em que nós empregamos o artigo indefinido), o grego deixava a palavra sem artigo. Então quando não aparece em grego o artigo, temos que colocar, em português, o artigo indefinido: UM espírito santo, e nunca traduzir com o definido: O espírito santo”. (Sabedoria do Evangelho, volume 1, pág 43).
Se sustentarmos a expressão “o Espírito do Pai” teremos forçosamente que admitir que o próprio Deus venha a se manifestar num ser humano. Pensamento absurdo como esse só pode ser pela falta de compreensão da grandeza de Deus. Dizem os cientistas que no cosmo há 100 bilhões de galáxias, cada uma delas com cerca de 100 bilhões de estrelas, fazendo do Universo uma coisa fora do alcance de nossa limitada imaginação, mas, mesmo que a custa de um grande esforço, vamos imaginar tamanha grandeza. Bom, façamos agora a pergunta: o que criou tudo isso? Diante disso, admitir que esse ser possa estar pessoalmente inspirando uma pessoa é fora de proposto, coisa aceitável a de povos primitivos, cujos conhecimentos não lhes permitem ir mais longe, por restrição imposta pelo seu hábitat.

A mediunidade no apostolado

Um fato, que reputamos como de inquestionável ocorrência da mediunidade, aconteceu logo depois da morte de Jesus, quando os discípulos reunidos receberam “como que línguas de fogo” e começaram a falar em línguas, de tal sorte que, apesar da heterogeneidade do povo que os ouvia, cada um entendia o que falavam em sua própria língua. Fato extraordinário registrado no livro Atos dos Apóstolos, desta forma:
“Quando chegou o dia de Pentecostes, todos eles estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho como o sopro de um forte vendaval, e encheu a casa onde eles se encontravam. Apareceram então umas como línguas de fogo, que se espalharam e foram pousar sobre cada um deles. Todos ficaram repletos do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Acontece que em Jerusalém moravam judeus devotos de todas as nações do mundo. Quando ouviram o barulho, todos se reuniram e ficaram confusos, pois cada um ouvia, na sua própria língua, os discípulos falarem”. (Atos 2, 1-6).
Aqui podemos identificar o fenômeno mediúnico conhecido como xenoglossia, que na definição do Aurélio é: A fala espontânea em língua(s) que não fora(m) previamente aprendida(s). Mas, como da vez anterior, tentam mudar o sentido, para isso alteram o artigo indefinido para o definido, quando a realidade seria exatamente que estavam “repletos de um Espírito santo (bom)”.
Fato semelhante aconteceu, um pouco mais tarde, nomeado como o Pentecostes dos pagãos:
“Pedro ainda estava falando, quando o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a Palavra. Os fiéis de origem judaica, que tinham ido com Pedro, ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo também fosse derramado sobre os pagãos. De fato, eles os ouviam falar em línguas estranhas e louvar a grandeza de Deus...” (At 10, 44-46).
Episódio que confirma que “Deus não faz acepção de pessoas” (At 10,34), daí podermos estender à mediunidade como uma faculdade exclusiva a um determinado grupo religioso, mas existindo em todos segmentos em suas expressões de religiosidade.

A mediunidade como era “transmitida”

A bem da verdade não há como ninguém transmitir a mediunidade para outra pessoa, entretanto, pelos relatos bíblicos, a imposição das mãos fazia com que houvesse sua eclosão, óbvio que naqueles que a possuíam em estado latente. Vejamos algumas situações em que isso ocorreu.
Em Atos 8, 17-18:
“Então Pedro e João impuseram as mãos sobre os samaritanos, e eles receberam o Espírito Santo. Simão viu que o Espírito Santo era comunicado através da imposição das mãos. Dêem para mim também esse poder, a fim de que receba o Espírito todo aquele sobre o qual eu impuser as mãos”.
Simão era um mago que, com suas artes mágicas, deixava o povo da região de Samaria maravilhado. Mas, ao ver o “poder” de Pedro e João, ficou impressionado com o que fizeram, daí lhes oferece dinheiro a fim de que dessem a ele esse poder, para que sobre todos os que ele impusesse as mãos, também recebessem o Espírito Santo.
Em Atos 19, 1-7:
“Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou as regiões mais altas e chegou a Éfeso. Encontrou aí alguns discípulos, e perguntou-lhes: ‘Quando vocês abraçaram a fé receberam o Espírito Santo?’ Eles responderam: ‘Nós nem sequer ouvimos falar que existe um Espírito Santo’. Paulo perguntou: ‘Que batismo vocês receberam?’ Eles responderam: ‘O batismo de João’. Então Paulo explicou: ‘João batizava como sinal de arrependimento e pedia que o povo acreditasse naquele que devia vir depois dele, isto é, em Jesus’. Ao ouvir isso, eles se fizeram batizar em nome do Senhor Jesus. Logo que Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e começaram a falar em línguas e a profetizar. Eram, ao todo, doze homens”.
Será que podemos entender que o batismo de Jesus é “receber o Espírito Santo”, conseguido pela imposição das mãos? A narrativa nos leva a aceitar essa hipótese, apenas mantemos a ressalva feita anteriormente quanto à expressão “o Espírito Santo”.

A mediunidade como os dons do Espírito

Na estrada de Damasco, Paulo, que até então perseguia os cristãos, numa ocorrência transcendente, se encontra com Jesus, passando, a partir daí, a segui-lo. Durante o seu apostolado se comunicava diretamente com o Espírito de Jesus, demonstrando sua incontestável mediunidade.
Aliás, o apóstolo Paulo foi quem mais entendeu do fenômeno mediúnico, tanto que existem recomendações preciosas de sua parte aos agrupamentos cristãos de então. Ele o chamava de “dons do Espírito”. “Sobre os dons do Espírito, irmãos, não quero que vocês fiquem na ignorância” (1Cor 12,1), mostrando-se interessado em que todos pudessem conhecer tais fenômenos.
E esclarece o apóstolo dos gentios:
“Existem dons diferentes, mas o Espírito é o mesmo; diferentes serviços, mas o Senhor é o mesmo; diferentes modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para a utilidade de todos. A um, o Espírito dá a palavra de sabedoria; a outro, a palavra de ciência segundo o mesmo Espírito; a outro, o mesmo Espírito dá a fé; a outro ainda, o único e mesmo Espírito concede o dom das curas; a outro, o poder de fazer milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, o dom de falar em línguas; a outro ainda, o dom de as interpretar. Mas é o único e mesmo Espírito quem realiza tudo isso, distribuindo os seus dons a cada um, conforme ele quer”. (1 Cor 12,4-11).
Novamente, mudando-se “o Espírito” para “um Espírito”, estaremos diante da faculdade mediúnica, basta “ter olhos de ver”.
Ao que parece, naquela época, os médiuns se preocupavam mais com a xenoglossia Paulo para desfazer esse engano novamente faz outras recomendações aos coríntios (1Cor 14,1-25). Disse ele:
“...aspirem aos dons do Espírito, principalmente à profecia. Pois aquele que fala em línguas não fala aos homens, mas a Deus. Ninguém o entende, pois ele, em espírito, diz coisas incompreensíveis. Mas aquele que profetiza fala aos homens: edifica, exorta, consola. Aquele que fala em línguas edifica a si mesmo, ao passo que aquele que profetiza edifica a assembléia. Eu desejo que vocês todos falem em línguas, mas prefiro que profetizem. Aquele que profetiza é maior do que aquele que fala em línguas, a menos que este mesmo as interprete, para que a assembléia seja edificada...”.

Conclusão

Como apregoa a Doutrina Espírita o fenômeno mediúnico nada mais é que uma ocorrência de ordem natural. Podemos identificá-lo desde os mais remotos tempos da humanidade, e não poderia ser diferente, pois, em se tratando de uma manifestação de uma faculdade humana, deverá ser mesmo tão velha quanto a permanência do homem aqui na Terra.
Mas, infelizmente, a intolerância religiosa, a ignorância e, por vezes, a má-vontade, não permitiu que fosse divulgada da forma correta, ficando mais por conta de uma ocorrência sobrenatural, que só acontecia a uns poucos privilegiados. Coube ao Espiritismo a desmistificação desse fenômeno, bem como a sua explicação racional. Kardec nos deixou um legado importantíssimo para todos que possam se interessar pelo assunto, quando lança O Livro dos Médiuns, que recomendamos aos que buscam o conhecimento dessa fenomenologia, ainda muito incompreendida em nossos dias.
Nov/2004.

Referência bibliográfica.

  • PASTORINO, Carlos Torres, Sabedoria do Evangelho, volume 1, Revista Mensal Sabedoria, Rio, 1964.
  • Bíblia Sagrada, Edição Pastoral, Paulus, São Paulo, 43ª ed. 2001.

sábado, 21 de julho de 2012

O Passe (musica)


Matérita e Espirito

MATÉRIA
A matéria é apresentada como o instrumento do Espírito, sobre o qual exerce a sua ação. Mas esse conceito se estende não apenas à matéria do plano físico como também no estado etéreo, sutil, imperceptível para o homem comum. É lícito deduzir, então, que o Espírito é imaterial na essência, utilizando-se de instrumentos materiais desde a matéria física até substâncias etéreas e sutis não perceptíveis ao homem, mas ainda assim matéria.
22. Define-se geralmente a matéria como sendo – o que tem extensão, o que é capaz de nos impressionar os sentidos, o que é impenetrável. São exatas estas definições?
“Do vosso ponto de vista, elas o são, porque não falais senão do que conheceis. Mas a matéria existe em estados que ignorais. Pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil que nenhuma impressão vos cause aos sentidos. Contudo, é sempre matéria. Para vós, porém, não o seria.”
a) – Que definição podeis dar da matéria?
“A matéria é o laço que prende o Espírito; é o instrumento de que este se serve e sobre o qual, ao mesmo tempo, exerce sua ação.”
(O Livro dos Espíritos)
ESPÍRITO
Em contraposição, o Espírito é apresentado como o princípio inteligente do Universo, o que evidencia estar sendo referida a essência do Espírito.
23. Que é o Espírito?
“O princípio inteligente do Universo.”
a) – Qual a natureza íntima do Espírito?
“Não é fácil analisar o Espírito com a vossa linguagem. Para vós, ele nada é, por não ser palpável. Para nós, entretanto, é alguma coisa. Ficai sabendo: coisa nenhuma é o nada e o nada não existe.”
(O Livro dos Espíritos)
TRINDADE UNIVERSAL
Existem, assim, três elementos gerais do universo: Deus, Espírito e matéria. Em O Livro dos Espíritos esses três elementos são designados a trindade universal. Fica esclarecido, também, que a ação do Espírito sobre a matéria depende de um elemento também material, porém sutil, etéreo, que lhes serve de liame: o fluido universal (também designado como fluido elementar ou fluido primitivo) Esse fluido universal é o agente de que o Espírito diretamente se utiliza. Importante destacar que o fluido universal é indicado como necessário para que a matéria física não se desagregue, ou seja, é um elemento intrínseco à matéria física organizada conquanto seja sutil, etéreo.
27. Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o Espírito?
“Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o Espírito possa exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o Espírito não o fosse. Está colocado entre o Espírito e a matéria; é fluido, como a matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do Espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o Espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.”
(O Livro dos Espíritos)
FLUIDO UNIVERSAL
O fluido universal é o elemento primordial de toda a matéria, não sendo senão por modificações suas que os vários outros tipos de substâncias se formam. Kardec comenta que os elementos químicos conhecidos são modificações de uma substância primitiva.
33. A mesma matéria elementar é suscetível de experimentar todas as modificações e de adquirir todas as propriedades?
“Sim e é isso o que se deve entender, quando dizemos que tudo está em tudo!”
O oxigênio, o hidrogênio, o azoto, o carbono e todos os corpos que consideramos simples são meras modificações de uma substância primitiva. Na impossibilidade em que ainda nos achamos de remontar, a não ser pelo pensamento, a esta matéria primária, esses corpos são para nós verdadeiros elementos e podemos, sem maiores conseqüências, tê-los como tais, até nova ordem.
(O Livro dos Espíritos)
Esse fluido universal é o elemento em que várias forças na natureza atuam, como a gravidade, coesão, atração, magnetismo etc.
Há um fluido etéreo que enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluido é o éter ou matéria cósmica primitiva, geradora do mundo e dos seres. São-lhe inerentes as forças que presidiram às metamorfoses da matéria, as leis imutáveis e necessárias que regem o mundo. Essas múltiplas forças, indefinidamente variadas segundo as combinações da matéria, localizadas segundo as massas, diversificadas em seus modos de ação, segundo as circunstâncias e os meios, são conhecidas na Terra sob os nomes de gravidade, coesão, afinidade, atração, magnetismo, eletricidade ativa. Os movimentos vibratórios do agente são conhecidos sob os nomes de som, calor, luz, etc. Em outros mundos, elas se apresentam sob outros aspectos, revelam outros caracteres desconhecidos na Terra e, na imensa amplidão dos céus, forças em número indefinito se têm desenvolvido numa escala inimaginável, cuja grandeza tão incapazes somos de avaliar, como o é o crustáceo, no fundo do oceano, para apreender a universalidade dos fenômenos terrestres.
(A Gênese – pág. 111)
ESPAÇO UNIVERSAL
O espaço é, por definição, infinito. Não pode ser abarcado pela razão humana um ponto além do qual não mais haveria espaço a ser percorrido. De qualquer forma, é reiterada a idéia de que não há vácuo absoluto. Há uma substância etérea que a tudo permeia.
35. O Espaço universal é infinito ou limitado?
“Infinito. Supõe-no limitado: que haverá para lá de seus limites? Isto te confunde a razão, bem o sei; no entanto, a razão te diz que não pode ser de outro modo. O mesmo se dá com o infinito em todas as coisas. Não é na pequenina esfera em que vos achais que podereis compreendê-lo.”
Supondo-se um limite ao Espaço, por mais distante que a imaginação o coloque, a razão diz que além desse limite alguma coisa há e assim, gradativamente, até ao infinito, porquanto, embora essa alguma coisa fosse o vazio absoluto, ainda seria Espaço.
36. O vácuo absoluto existe em alguma parte no Espaço universal?
“Não, não há o vácuo. O que te parece vazio está ocupado por matéria que te escapa aos sentidos e aos instrumentos.”
(O Livro dos Espíritos)
Espaço é uma dessas palavras que exprimem uma idéia primitiva e axiomática, de si mesma evidente, e a cujo respeito as diversas definições que se possam dar nada mais fazem do que obscurecê-la. Todos sabemos o que é o espaço e eu apenas quero firmar que ele é infinito, a fim de que os nossos estudos ulteriores não encontrem uma barreira opondo-se às investigações do nosso olhar.
Ora, digo que o espaço é infinito, pela razão de ser impossível imaginarse-lhe um limite qualquer. e porque, apesar da dificuldade com que topamos para conceber o infinito, mais fácil nos é avançar eternamente pelo espaço, em pensamento, do que parar num ponto qualquer, depois do qual não mais encontrássemos extensão a percorrer.
(A Gênese – pág. 104)
                                (http://www.batuiranet.com.br/espiritismo/1459/materia-e-espirito/)

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Filme completo do Nosso lar

Cirurgia espiritual

Atualmente, o termo "cirurgia espiritual" é associado a uma prática onde uma suposta entidade espiritual, com ou sem a incorporação num médium hospedeiro, e sem cortes, executam cirurgias buscando a reabilitação do enfermo. Existem relatos de sucesso na cura em grande número de casos, gerando algum confronto com os conhecimentos actuais da ciência, mas não há nenhuma demonstração científica dessas curas que não seja explicada por outros mecanismos, como o efeito placebo. O caso do médium João Teixeira de Faria que executa as suas "cirurgias" na Casa de Dom Inácio de Loyola é para alguns um exemplo actual de "cirurgia espiritual". Por outro lado, a única prova científica da eficácia do placebo são resultados estatísticos.
A cirurgia espiritual, ainda segundo a Doutrina Espírita, nada mais seria do que um tipo específico de passe que é aplicado para o restabelecimento energético de um determinado órgão interno de um indivíduo, sem qualquer intervenção física. Estas cirurgias aconteceriam muitas vezes sem o indivíduo se dar conta, principalmente enquanto dorme.
Como tratamento espiritual, a chamada "cirurgia espiritual" com intervenção de médiuns é praticada em pouquíssimos centros espíritas e espiritualistas. Os centros onde ocorre, entretanto, são procuradíssimos, geralmente por pessoas que se consideram desenganadas pela medicina tradicional.
Como ocorre com tudo mais que envolve tratamentos espirituais, a seriedade de um centro onde se pratica "cirurgia espiritual" costuma ser avaliada pelos espíritas a partir de dois critérios básicos: as cirurgias não devem ser cobradas aos doentes e o centro onde elas ocorrem deve insistir para que os doentes não abandonem de forma alguma o tratamento médico convencional que vem fazendo ou que procurem atendimento médico caso não o tenham ainda feito.
Porém, o Conselho Federal de Medicina e a comunidade científica de modo geral, alertam que esse tipo de cirurgia não deve ser feita em substituição da medicina tradicional, principalmente em casos graves. Se alguém convencer um paciente de que esse método é eficaz, no Brasil este pode ser enquadrado na lei por charlatanismo, principalmente se a "cirurgia espiritual" for cobrada ou causar algum dano no paciente por negligência de socorro, podendo pagar multas e ser condenado a até 1 ano de prisão (ver, a título de exemplo, o ocorrido com o Rubens Farias Jr., que culminou com a morte de uma menina, por leucemia, em 1998).
Apesar de a Doutrina Espírita não negar a sua eficácia, a prática de cirurgias espirituais por intermédio de médiuns não é abordada na Codificação espírita, e nem são consideradas verdadeiras as práticas que cobram algum valor material ou qualquer tipo de favor em troca das cirurgias, pelo espiritismo, uma vez que isso iria de encontro com o pressuposto básico do espiritismo, que é a caridade