sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Paz... um tema sempre atual...

    Estamos aqui diante de um assunto sem fim,  que é a Paz! Esse tema nos emoc iona,  permeia nossos sentimentos,num sonho muito grande de toda a humanidade de que a Paz pode realmente ser c onquistada.  Este tema nos estimula a refletir sobre a nossa vida,  nossa c onduta,  nossa postura diante dos fenômenos que ac ontec em por aí e é prec iso falar sobre as sobre as tentativas de minimizar as dific uldades e diferenç as soc iais,  prec onc eitos e injustiç as.  Então,  todo o estímulo que a soc iedade rec eba,  que vise a c onfraternizaç ão tendo esses princ ípios maiores de vida,  que são as Leis Morais dentro do c onc eito da solidariedade,  igualdade e justiç a.  E,  se não conseguimos fazer isso de forma aberta,  através da mídia em geral,  podemos fazer dentro da individualidade,  no nosso dia a dia.
    A  Doutrina Espírita e esses grandes c olaboradores na oxigenação de novas idéias vêm exatamente proc urar dar para a criatura humana a c apac idade dela lidar c om o seu próprio potencial,  no sentido de c onstruir aquilo que tem dentro de si,  mas não c onc retizou em termo de c onsc iênc ia e posiç ão c omo ser.
    Quando falamos de amor,  fraternidade,  c aridade,  vem à m c aridade,  vem à mente que tudo isso se refere a uma única situaç ão,  que é impresc indível ao ser humano:  a lei natural da nec essidade do ser humano viver em sociedade.  Ele não pode viver isoladamente no mundo porque,  se fosse dessa forma,  não prec isaríamos desses conc eitos de fraternidade e bom relac ionamento e também da caridade.  Se o indivíduo tivesse uma c onvivência dele e com a natureza somente,  sem inter- relações com outros indivíduos,  muito daquilo que estamos c onceituando como valores importantes para a vida não prec isariam existir.  Se os valores existem é porque o ser humano necessariamente prec isa aprender a viver em soc iedade.  É justamente nesse entrelaç amento de vivênc ias que o indivíduo vai desenvolver sua paciência,  tolerância,  desenvolver virtudes que ainda não tem,  c ompreender as Leis Naturais,  quais sejam,  a tolerância,  a paciência,  a c ompreensão,  a Lei de Justiç a e c aridade.  Esses fatores estão na base de toda a sociedade equilibrada,  justa e fraterna.
    Este momento de grande transformaç ão,  de estarmos passando de um planeta de expiaç ão e provas para um planeta de regeneração e que é um fato grandioso que engloba toda a T erra,  fazem c om que os valores mal concebidos venham à tona e as pessoas estão vendo que aquilo a que elas se apegavam não é real.  Esse materialismo exacerbado,  esse c onsumismo extrapolado nos afasta de Deus,  de uma religião,  da família.  A  falta de família hoje em dia é muito grave e gera essa violênc ia.  Mas falta de família não é somente não ter pai e mãe.  Não ter família é você ter pais omissos,  filhos que não se c onfraternizam,  irmãos que não se falam.  Isso tudo vai gerando um mal estar dentro do ser humano,  que se transforma depois numa briga num estádio,  em pancadaria com guardas,  que também sofrem violência,  e vivem sob pressão no momento de enfrentar uma multidão.  T udo tem que ser analisado c om muito c uidado.  A  posição nossa de generalizar que isto é ruim ou isto é bom,  em princ ípio,  como raiz já é falha,  porque envolve milhões de coraç ões num fato que tem milhões de atritos que se diferenc iam uns dos outros.  Então o problema é muito difícil.
    O que a campanha da UNESCO vem colocando e que sempre foi uma proposta da Doutrina Espírita,  é o respeito à vida,  à valorizaç ão da vida,  entender o propósito da vida.  O segredo da vida é c onviver.  Não é viver.  Para viver,
basta nascer.  A  tomada de c onsciência,  que graças a Deus está surgindo através dessas lideranç as que tem peso em termo de opinião.  Isso tudo gera um anti- virus.  O anti- virus para proteger a soc iedade do vírus da violência.  O
Manifesto 2000 do "eu me c omprometo em minha vida c otidiana,  na minha família,  no meu trabalho,  na minha comunidade,  no meu Pais” é um novo paradigma.  O paradigma da Paz.
    Quando se fala da Não- violência e da situação de desequilíbrio da soc iedade,  temos que lembrar o despojamento do egoísmo.  Enquanto o indivíduo valorizar seus próprios interesses,  ele estará em c ontradição com as Leis Naturais da fraternidade,  igualdade e solidariedade.  Enquanto ele não se despojar do “Eu” e não souber valorizar o “Nosso",ele estará em constante briga para c onquistar seu próprio espaço.  Gandhi,  apóstolo da Nãoviolênc ia,  com sua aparente atitude de fraqueza,  conseguiu mobilizar uma multidão de pessoas e de tal forma conseguiu mudar as leis sociais no relac ionamento da Índia c om a Inglaterra.  Isso se resume que não é necessário violência para que se modifique algo.
    O amor é mais forte do que toda a violênc ia do mundo.  Então,  o antídoto c ontra a violênc ia é o amor.  Mas isso não é tão simples.  O amor não se c ompra.  O amor não se pede emprestado.  O amor é uma conquista.  O amor agente adquire ao longo de nossa vida,  das c oisas,  das situaç ões,  dos momentos que a gente vai vivendo.  E são nos pequenos momentos e nas pequenas situações em que somos c oloc ados frente a frente c om essa possibilidade.  A vida inteira é uma grande possibilidade da gente amar.  A  Lei de igualdade inserida no Livro dos Espíritos reitera naturalmente essas propostas de Mahatma Gandhi e de outros líderes.  A  Doutrina Espírita dá um toque muito interessante:  Todos os homens são iguais p são iguais perante Deus? Sim.  São todos filhos de Deus.  E as desigualdades soc iais? Elas são produto do homem ou do próprio Deus? A  resposta é c lara:  Não.  É obra do homem e não de Deus.  Deus dá para a conquista da paz e não da produç ão da violênc ia.  Essa desigualdade desaparec erá um dia? Sim,  na medida em que o homem ajustar- se c om essas propostas todas que podemos passar.  E o que pensar daqueles que abusam e usam da autoridade,  gerando a violênc ia? Esses merec em,  indisc utivelmente,  uma c onsideraç ão porque são muito infelizes e terão que,  em termo de c onseqüênc ias,  se ajustar perante a Lei maior.
    É importante atentar que as propostas não se referem a termos polític os ou religiosos.  O importante é,  por exemplo,  que a proposta que Gandhi trouxe da Não- violênc ia se adepta a qualquer religião,  qualquer movimento polític o e essa conotação em momento algum levantou a bandeira de partidarismos ou religiosidade,  mas,verdadeiramente o sentido cristão da palavra Justiç a e Solidariedade.  Devemos,  então,  busc ar a idéia,  buscar o princípio.  Se nos fec harmos simplesmente c om rótulos,  não c onseguiremos viver harmonicamente.  O preconceito é que nos leva a essas c oisas,  quando achamos que a nossa doutrina é melhor,  nossa c asa é a mais correta,  nosso  ime é aquele que é o melhor.
    Vamos nos educar,  começando dentro de nossa casa,  ou melhor,  primeiramente dentro de nossa casa que é o nosso c orpo,  pois esta é a c asa que estamos utilizando agora.  Vamos trabalhar dentro dele,  com ações.  Nós sabemos perfeitamente que o que interessa são as ações.  Quando Cristo falou “Bem aventurados os mansos,  pois herdarão a Terra”,  temos que pensar sobre o fato de estarmos num momento de transformaç ão e,  se desejamos herdar essa T erra,  uma Terra melhorada,  temos que ser mansos.  Ser manso quer dizer ser calmo e equilibrado,  justo e preciso.
    A  Doutrina Espírita coloca essa proposta de uma forma bastante clara no sentido de que não se espera perfeição de cada um de nós,  mas a valorizaç ão dos bons atos,  para que predominem sobre nossos atos ruins e que a gente
se esforc e para busc ar esses c onc eitos,  que são apolíticos,  nos conc eitos universais que estão c onstantemente incorporados dentro das Leis Naturais,  que dirigem a todos.
    Operacionalizar a Paz é saber como voc ê está preparado para gerar a solidariedade no momento da pressão,  no momento em que o atrito existe,  em termo de respeito à opinião do outro,  em termo de c onsideração ao ser humano,  que é teu c ompanheiro e que está pisando na T erra em qualquer situaç ão de ordem soc ial ou familiar,  mas que é espírito c omo voc ê e está evoluindo.  Existem violênc ias veladas,  aquelas que c ometemos no ambiente do lar, nas ruas,  dentro do ônibus,  no carro e até mesmo dentro de nós,  nas intransigênc ias,  nas situaç ões de
desequilíbrio,  que resultam em doenças causadas pelo problema de não perdoar e de não compreender.  A  grande parte das doenç as são resultado do desequilíbrio do ser humano por ele não saber lidar c om as situações da vida ou de lidar c onsigo próprio.  Gostaríamos de lembrar também de um ato de violênc ia c hamado escravatura.  A escravatura começ ou desde os mais remotos séc ulos.  Desde a Gréc ia,  os povos sempre tiveram o hábito de escravizarem os vencidos ou os menos poderosos e isso c hegou até pouc o tempo atrás,  de forma muito evidente.
Mas nós sabemos que essas formas ainda estão embutidas nos seres humanos e é sempre uma forma de violência muito grave a escravatura de um ser humano por outro ser humano.  É prec iso também que se amplie esse conceito de violência para que possamos cuidar dela.  O caso é que realmente só em coibir uma pessoa de falar sobre determinado assunto,  interrompê- la,  não deixá- la prosseguir por não concordar com o assunto que ele está dizendo, já é uma violência. E como é difícil a gente ouvir. A gente só quer falar. Ouvir é muito difíc il...
    Jesus é Paz e precisamos nos aproximar dele.  Devemos conservar o amor em Jesus em todas as religiões,  não nos esquecendo de que para produzir a paz,  temos que cultivar o amor no outro,  que está vivendo conosco aqui na Terra.  E utilizar Jesus como um paradigma no sentido de que nos mostrou os caminhos.  Devemos crescer nos seus valores tanto quanto ele buscou não personalizar o que estava ensinando.  Nós percebemos que se valoriza o homem Jesus e não suas idéias.  É necessário,  então,  que se coloque Jesus na condição de um espírito puro,  com grande conhecimento,  com grande amor e que veio mostrar os caminhos que devemos seguir para sermos felizes.
    As Leis de Justiça,  as Leis da Natureza estão presentes dentro de nós.  A  Doutrina Espírita nos ensina que Deus fala em nós através de nossa consciência.  Sabemos exatamente o que se deve e o que não se deve fazer com o nosso semelhante,  o que é bom para o que é bom para nós e o que é bom para o outro.  Então temos que colocar isso em prática,  tanto quanto nos seja possível.  Assim,  essa vivência de amor e paz vai se constituir em realidade não só para o indivíduo,  mas para a sociedade.  Temos que ter o coração aberto,  a mente aberta e estarmos dispostos realmente a ser felizes e conquistar essa paz.  Assim,  entenderemos Jesus no aspecto de moral e amor que ele nos deixou e de todos os outros grandes líderes,  todas as outras grandes figuras que viveram na Terra para trazer isso.  O amor é uma questão de cultivo.  A  paz é uma questão de cultivo.  Sendo um processo de cultivo,  ele é no dia a dia,  minuto a minuto,  instante a instante.  A  inquietude está nos impulsionando para que ocorra a modificação interior.  A  conscientização do certo e do errado faz um reboliço no interior,  tentando nos levar adiante para derrubar antigos conceitos que tínhamos e,  para isso,  é necessário força de vontade e disciplina.  E,  para estimular isso tudo é que vivenciamos essa transformação necessária que a Doutrina Espírita nos propõe,  essa evolução que o ser humano precisa alcançar.  Avanc emos,  portanto,  nesse c ompromisso de estarmos c om a Paz e a
Não- Violência,  com uma frase de Mahatma Gandhi:
    "Quando o homem chega à plenitude do amor,  neutraliza o ódio de milhões"
(Sinopse do Programa Aç ão 2000 – A  Visão Espírita da Notícia De 20 de maio de 2000 -
Fonte: http://www.espirito.com.br/portal/artigos/diversos/comportamento/paz.html

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